Obras inéditas de Candido Portinari são recuperadas

Era final de 1998 quando o empresário João Candido foi à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao ministério da Ciência e Tecnologia, fazer um empréstimo para sua empresa de imagem digital. O empresário pagou parte da dívida com 200 obras de seu pai, o pintor Candido Portinari. A causa do empréstimo era única, a criação do Projeto Portinari.

Entre esboços, desenhos e estudos do pintor paulista, há quatro quadros que nunca foram expostos. As obras ainda não foram avaliadas. Há seis anos, ?era outra moeda, no prazo de um mês esperamos já ter o valor correto dessas obras?, conta a chefe de gabinete da Finep, Cilene Vieira Lent.

Agora, a Financiadora quer tornar estas obras públicas. Para isso, está em estudo um convênio com o Museu Nacional de Belas Artes. Segundo Cilene, ainda não está nada concretizado. ?Existe uma negociação de um possível contrato, há uma grande possibilidade, mas nada fechado?, diz.

Ela afirma que o mais importante, neste momento, é ?conseguir recuperar este material?. As obras estão guardadas em um cofre climático, mas a ação do tempo danificou em parte o material. Se o convênio for assinado, será em regime de comodato. Ou seja, as obras continuam sendo da Finep e são emprestadas por um período para o museu, onde poderão ficar expostas. Segundo a assessoria do Museu, o processo é demorado e, se o convênio for fechado, as obas só devem ser expostas em 2006.

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