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O novo ‘Papillon’ e seus atores maravilhosos

Por volta de 1970, Franklin J. Schaffner estava no auge – sucessos de público (O Planeta dos Macacos), obras de prestígio (Patton – Rebelde ou Herói?, vencedor de vários Oscars). E então veio o desastre de Nicholas e Alexandra, logo corrigido por Papillon. O filme adaptado do best-seller de Henri Charrière não poderia dar errado. Além do diretor, e do roteirista – Dalton Trumbo, ex-lista negra do macarthismo -, o filme tinha dois grandes astros: Steve McQueen e Dustin Hoffman.

Desde Fugindo do Inferno, montado no lombo daquelas motocicleta, McQueen esculpira o mito do rebelde, o homem impossível de manter preso. Baseado numa história real, a de Charrière, o filme é sobre esse homem que vai preso, enviado para a Ilha do Diabo e nunca desiste de fugir. Naquele inferno, faz amizade com outro detento, Louis Vega – Dustin Hoffman fazia o papel.

Parecia loucura quando Hollywood anunciou que ia refilmar Papillon. Como e onde encontrar um novo McQueen, um novo Dustin Hoffman? Nos anos que se seguiram ao filme A Primeira Noite de Um Homem, Hoffman destacou-se como ator de composição (Perdidos na Noite, Papillon). Você pode imaginar a dor de cabeça de Michael Noer, que dirige a nova versão. Ou talvez ele não tenha tido dor de cabeça nenhuma. Bastou escalar Charlie Hunnam e Remi Malek.

Hunnam interpretou o aventureiro Percy Fawcett em Z – A Cidade Perdida. Tinha o physique perfeito para fazer o Rei Arthur de Guy Ritchie, mas os norte-americanos têm aquela relação complicada com a nobreza inglesa e talvez tenha sido demais para eles um rei que se fez num bordel.

Remi Malek é um ator hollywoodiano de ascendência egípcia copta. Apareceu na Saga Crepúsculo e vem aí em Bohemian Rhapsody – até Dustin Hoffman tiraria o chapéu para ele. O novo Papillon é sólido, talvez não tanto quanto o original de Schaffner. Mas o elenco… É 10!

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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