O insólito cinema paranaense

Os cineastas curitibanos continuam produzindo obras sérias, que concorrem em igualdade com as realizadas nos centros irradiadores de arte e de cultura. Exemplo disso são os filmes selecionados para os grandes festivais, como o de Gramado, no Rio Grande do Sul, e o Festival Internacional, em São Paulo, onde Curitiba está presente. Entre os filmes de gente do Paraná, selecionados para esses dois festivais, está Felicidade, do diretor Emerson Schmidlin.

Felicidade foi totalmente filmado na praia catarinense de Itaguaçu, em 35mm, e passou pelo meticuloso processo de um longa-metragem. Este alto gabarito contribuiu para fazer de Felicidade um filme tecnicamente perfeito. Aliás, o perfeccionismo é a marca do diretor Emerson Schmidlin, que recentemente criou polêmica com seu anárquico Pegando Jesus pra Cristo. Os atores do filme são a atriz paulista Cristiane Esteves e o escritor Austregésilo Carrano. O texto é do escritor Nelson Padrella, quatro vezes premiado em concursos literários e autor de uma dezena de livros de ficção.

Grandes profissionais de cinema do País trabalharam em Felicidade. José Augusto de Blasiss, o mago do Laboratório Teleimage/Casablanca responde pela revelação, telecinagem e HD on-line. José Luiz Sasso, do Estudio JLS, é o responsável pelo som, que recebeu o rigoroso tratamento Dolby digital 5.1. O laboratório Cinecolor fez a marcação de luz e as cópias. São todas empresas paulistas, assim como o produtor Mauricio Kinoshita e o produtor de finalização Danilo Apoena. A trilha sonora é do pianista curitibano Marcelo Torrone, que criou três músicas originais para o filme.

Emerson Schmidlin já prepara sua tradução em outras línguas, visando o mercado externo, muito mais receptivo do que o nosso. Na mira do diretor estão França e Alemanha, preferencialmente.

Atualmente, o cineasta trabalha no projeto do filme A Visita, texto de Nelson Padrella.

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