O gol depois do contra-ataque

O compositor, violonista e cantor Marcos Arrais lança seu segundo CD independente O Segredo do Gol Impossível. O projeto – totalmente autoral – dá continuidade ao trabalho anterior, registrado no primeiro álbum Contra-ataque, em 2000, e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. A música de Arrais brota e resulta de uma constante pesquisa das raízes musicais brasileiras em sua grande diversidade de gêneros e ritmos como baiões, cocos, samba, bossa, partido alto, maxixe, ijexá e toque de candomblé, entre outros.

No novo disco, misturado a música urbana com os ritmos regionais, ele segue na trilha de Tom Jobim, Hermeto Paschoal e Luiz Gonzaga, suas grandes fontes de inspiração. “Descobri a força do regional, mas a sonoridade dos arranjos reporta ao jazz”, explica Arrais, que assina todos os arranjos, deixando visível a forte influência da música erudita, nos contrapontos, e do jazz, na opção pelos metais. É como um diálogo entre as composições (nascidas da cultura brasileira) com a tradição musical européia e com o jazz. Os arranjos se entrelaçam tão fortemente com a linha melódica que melhor seriam definidos como uma peça musical.

Arrais traz letras intuitivas, delicadas e fortes ao mesmo tempo. “As letras de minhas músicas nascem para dissolver as tensões em suas mais variadas manifestações. O sexo, a política, os novos caminhos, o amor e o preconceito são temas das canções, que podem ser um capítulo da minha história”. A poesia é, portanto, central em todo trabalho e central nesta é o cidadão brasileiro, que surge com toda complexidade como ser social, político, sexual, amoroso e existencial.

Artista paulista, Marcos Arrais é compositor, instrumentista, cantor, arranjador e produtor. Seu trabalho é sempre fundamentado nas tradições, nos gêneros e nos ritmos da música brasileira urbana e regional, incorporando influência da música erudita e do jazz. Formado em Física pela Universidade de São Paulo (1991) e em Violação e Canto pela Escola Municipal de Música de São Paulo (2001), ao longo de 2002, vem desenvolvendo o projeto Violão Brasil, contando com incentivo do Ministério da Cultura, através de Lei de Incentivo a Cultura, onde interpreta o repertório formado por peças de grandes compositores e arranjadores para violão solo como Garoto, Dilermando Reis, João Pernambuco, Baden Powell, entre outros.

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