O destemor das apresentadoras de programas de esportes

Jovens, bonitas e destemidas. Algumas apresentadoras de tevê, como Daniela Monteiro, Cynthia Howlett-Martin e Luize Altenhofen, não hesitam em suar a camisa – ou, muitas vezes, o biquíni – para levar ao telespectador todas as emoções dos esportes radicais. Viciadas em adrenalina, não se contentam em apresentar os programas. Também arriscam seus corpinhos sarados ao participar de estripulias esportivas como saltar de pára-quedas, pular de bungie-jump de uma altura de 300 m ou praticar “rafting” em rios caudalosos.

A gaúcha Daniela Monteiro, do “Caminhos da Aventura”, do “Esporte Espetacular”, da Globo, se destaca entre as belas que são feras nos esportes radicais. Adepta do bungie-jump, já saltou, inclusive, do mais alto deles: o da África do Sul, com 215 m. O primeiro salto, porém, foi “inesquecível”. Ela estava na Nova Zelândia, a 40 m de altura, quando descobriu que tinha acrofobia. “Quando finalmente consegui saltar, chorei feito criança. Fiquei feliz por ter superado os meus limites”, suspira, aliviada.

A carioca Dora Vergueiro é uma das pioneiras entre as apresentadoras de esportes radicais. Há cinco anos, ela integra o time de beldades do “Zona de Impacto”, faixa vespertina do Sportv dedicada aos esportes radicais. O maior “perrengue” por que ela já passou foi numa prova de “rafting” nas corredeiras de Foz do Iguaçu. O barco virou, a apresentadora se desgarrou do grupo e foi levada pela correnteza. “Já estou acostumada com esses imprevistos. O mais importante nessas horas é manter a calma”, ensina.

Falar é fácil. A carioca Cynthia Howlett-Martin bem que tentou, mas não conseguiu manter a calma ao participar de uma corrida de aventuras na Patagônia. À noite, a equipe da apresentadora se perdeu do restante dos competidores. O que já era ruim ficou pior quando ela teve de atravessar um rio. “A temperatura chegava a 10º negativos. Tremi da cabeça aos pés e tive hipotermia”, lembra.

Imprevistos à parte, as apresentadoras de esportes radicais são unânimes em afirmar que o esforço sempre acaba valendo a pena. Foi justamente isso que pensou Cuca Lazzarotto, do “Disney Planet”, do Disney Channel e do SBT, ao saltar de pára-quedas pela primeira vez. “Sempre que estou meio estressada, faço uma peripécia dessas. Você se desestressa rapidinho…”, garante Cuca que, entre outras peripécias, já mergulhou com tubarões nas Ilhas Maldivas e escalou o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia.

Mas há esportes para todos os gostos. Alguns, bem radicais. Outros, nem tanto. Será? A paulistana Diana Bouth não se esquece do dia em que resolveu ensinar Ana Luiza Castro a andar de skate. Confiante, ela tentou “dropar” numa curva, perdeu o equilíbrio e… “O médico que me atendeu no hospital perguntou se eu tinha sido atropelada”, diverte-se Diana, apesar das escoriações no rosto, pernas e bacia.

Mesmo assim, elas não se deixam atemorizar. Pelo contrário. Cresce o número de intrépidas apresentadoras a cada verão. Há quase um ano no ramo, a gaúcha Luize Altenhofen já tem inúmeras histórias para contar. A última delas foi vivida numa cachoeira em Timbó, Santa Catarina. Numa de suas acrobacias no rapel, engoliu tanta água que não conseguiu respirar direito e quase tirou o fôlego de quem acompanhava a gravação. “Sempre fui atirada. Já surfei em onda que mete medo em muito marmanjo”, garante.

De fato, a adrenalina que tais esportes produzem continua seduzindo novas musas. A catarinense Maryeva Oliveira é uma delas. A apresentadora do “SuperSurf”, da MTV, pretende arriscar algumas manobras mais radicais no ano que vem. “Vejo os outros fazendo e quero fazer também. Mas eu ainda não surfo. Só brinco de surfar”, desconversa. A mineira Daniela Cicarelli também está apenas começando. Mas avisa que adoraria demonstrar suas aptidões esportivas no programa que vai apresentar na MTV. Entre as modalidades que pratica, uma bem radical mesmo: o boxe. “Um dia, fiz uma aula experimental e fiquei apaixonada. É ótimo para extravasar emoções”, justifica. Alguém se habilita?

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