Gota D'Água

Nova versão de peça clássica de Chico Buarque chega a Curitiba neste fim de semana

Foto: Divulgação

Chega a Curitiba, neste fim de semana, a peça Gota D’Água [a seco], nova versão do clássico de Chico Buarque e Paulo Pontes, escrito em 1975 e que tinha Bibi Ferreira no elenco em sua primeira montagem. A produção fica em cartaz neste sábado (9) e domingo (10), no Teatro Guaíra, e traz Laila Garin e Alejandro Claveaux nos papéis principais. Com adaptação de Rafael Gomes e direção musical de Pedro Luís, o espetáculo já conta com 13 prêmios. Os ingressos variam de R$ 20 (meia-entrada) a R$ 100 (inteira) e estão à venda pelo site do Disk-Ingressos.

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Histórico

Em dezembro de 1975, Bibi Ferreira subia ao palco do Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, para estrear Gota D’Água, transposição da tragédia grega Medeia, de Eurípedes, para a realidade de um conjunto habitacional do subúrbio carioca. Com um arrojado texto em versos de Chico Buarque e Paulo Pontes, e canções como Basta um dia, o espetáculo marcou época e se tornou um clássico moderno do Teatro Brasileiro.

Mais de quatro décadas depois, a história voltou à cena como uma adaptação absolutamente inédita do diretor Rafael Gomes. Batizada de Gota D’Água [a seco], a nova versão estreou no Rio de Janeiro em maio de 2016. No palco, Laila Garin e Alejandro Claveaux são acompanhados por cinco músicos, sob a direção musical de Pedro Luís.

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Como ‘a seco’ do título já indica, a montagem busca chegar à essência da história, por meio dos embates entre os protagonistas, Joana e Jasão, ainda que outros personagens do original também apareçam na adaptação. Mesmo com parte da trama sociopolítica reduzida na versão, Rafael Gomes reitera que a sua leitura da peça é focada em sua natureza política, cruelmente atual.

“A Gota D’Água original possui uma trama política bastante latente em seu embate entre opositores e oprimidos. Ao concentrar a história em Joana e Jasão, em suas ideologias, ações e sentimentos, eu gostaria ainda assim de falar sobre essa política mais essencial da vida, do dia a dia, essa que a maioria das pessoas sublima, esquece ou finge que não é com elas, achando que ser político é somente saber apontar o dedo para o adversário e se manifestar eventualmente por aquilo que interessa, de forma um tanto quanto individualista”, afirma o diretor, que manteve toda a estrutura formal da peça e inseriu novas canções e pequenas citações de letras de Chico Buarque em algumas passagens do texto.

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