Navios e portos do Brasil é lançado em São Paulo

d2x.jpgNum momento em que o transporte aéreo nacional entrou em colapso e cada vez mais presencia-se a chegada de grandes navios de cruzeiro ao País, Navios e portos do Brasil, editada através da Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce, é uma obra de atualidade, a mais completa em termos históricos até agora publicada sobre o assunto, com um acervo de mais de quinhentas imagens, retratando os navios de todas as bandeiras em que vieram os antepassados de milhões de brasileiros.

Um livro que rememora os trágicos afundamentos de dezenas de navios de passageiros nacionais por parte de submarinos alemães durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, determinando a entrada do Brasil naqueles conflitos, e as grandes catástrofes acontecidas em águas nacionais, como os naufrágios dos navios Príncipe de Asturias e Principessa Mafalda, com centenas de vítimas. Mas, um livro que resgata também o glamour das viagens transatlânticas, com suas noites de gala e a vida ociosa a bordo durante as longas travessias…

Navios e portos do Brasil é um livro de caráter iconográfico que resgata a história da navegação fluvial, costeira e oceânica no Brasil, num período que vai de aproximadamente 1900 até a época de ouro da navegação transatlântica, que finda na década de 1960, num vasto trabalho de resgate e recuperação de um acervo visual em vias de desaparecimento, com imagens contidas em cartões-postais e álbuns de lembranças, as quais retratam aspectos de interesse histórico e não foram até agora devidamente preservados nem valorizados na sua surpreendente dimensão humana.

A obra, editada através da Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce, contém capítulos sobre a história da criação da frota mercante nacional e percorre, como faria um turista daquela época, as dezenas de rotas que serviam as vias fluviais e costeiras, com embarcações que marcaram época, através de companhias como o Lloyd Brasileiro, a Companhia Nacional de Navegação Costeira e outras, que serviam os portos marítimos do País, além de vias fluviais como os rios Amazonas, São Francisco e Paraná.

Um capítulo especial aborda a Marinha do Brasil, com imagens de famosos navios da esquadra nacional. Outros importantes capítulos são dedicados à história dos principais portos nacionais, como os de Manaus, Belém, Recife, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, São Francisco, Itajaí, Florianópolis, Rio Grande, Porto Alegre e Corumbá, com cenas dos cais e navios atracados, da azáfama intensa dos carregadores, do embarque e desembarque de passageiros e da chegada de imigrantes.

Também é destacada a navegação oceânica, que na época mantinha o Brasil em contato com o mundo, através de transatlânticos brasileiros que faziam a linha regular para a Europa e através dos navios de importantes companhias internacionais que serviam portos brasileiros, como as alemãs Hamburg-Amerika Linie, Norddeutscher Lloyd e Hamburg-Südamerikanische, com os lendários navios Cap Polonio e Cap Arcona. A Mala Real Inglesa, com seus navios Alcantara, Almanzora, Araguaya e Amazon. Companhias italianas como o Lloyd Sabaudo e a Navigazione Generale Italiana, com seus transatlânticos Giulio Cesare e Augustus. As francesas Compagnie de Navigation Sud-Atlantique, Compagnie de Messageries Maritimes e Chargeurs Réunis, com seus navios Ville de Rio de Janeiro e Ville de Pernambuco. 

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