Circo, dança, arte digital, orquestra sinfônica, com muitas expressões artísticas se encontram no musical inédito que homenageia o grupo sueco ABBA. O musical ABBA Symphonic Musical Dance, com mais de 100 pessoas envolvidas, toma conta da Opera de Arame nesta sexta-feira (19) e sábado (20).

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De acordo com os organizadores, o espetáculo foi desenvolvido dentro dos padrões estéticos e técnicos internacionais. Para o diretor geral, Paulo Berlitz, o musical, antes mesmo da estreia, já é considerado o maior tributo musical do Grupo ABBA feito no Brasil. O tema foi escolhido por se tratar de um dos grupos mais representativos da história da música contemporânea.

Em quase duas horas de duração, o espetáculo segue uma ordem cromática, com pequenas histórias das músicas que marcaram a trajetória do grupo, mas não conta exatamente com uma narrativa linear. “Queremos mostrar uma história, uma biografia. A dramaticidade está em cada música, que tem começo, meio em fim e estão conectadas pela iluminação, pelas cores, pela plasticidade”, explica o diretor artístico e cênico do espetáculo Felipe Guerra.

São quatro cantores principais e quatro de apoio. Foto: Divulgação/Guto Tatasuk.

Superprodução

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Noventa pessoas estão envolvidas na montagem e aproximadamente 50 artistas sobem ao palco, tendo como cenário uma tela em que são exibidas obras de artistas locais. “É uma representação harmônica de todas as artes no palco, nunca vista dessa forma antes”, revela o diretor.

O tamanho da tela disposta no palco, segundo os organizadores, impressiona. São 16 X 8m que recebem projeção mapeada, na técnica de vídeo mapping dando um efeito surpreendente ao cenário. A banda, formada por 28 músicos e oito cantores – quatro principais Mônica Bezerra, Karen Giraldi, Cristhyan Segala e Marcelo Dias e outros quatro que formam o coro –, divide o palco com 14 bailarinos, cinco patinadores e dois acrobatas.

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Antes mesmo da estreia, o espetáculo deu origem a uma exposição com as obras dos artistas plásticos envolvidos no projeto. A exposição esteve em cartaz até o começo dessa semana, na Carmesin Espaço de Arte e Design.

Foto: Divulgação/Guto Tatasuk.

Não linear

A ordem cromática do espetáculo, conforme explica Felipe Guerra, nada mais é do que uma ordem das cores. O musical começa sob a luz de um branco de inverno, migra para o dourado e cores quentes e termina numa explosão de cores, marca registrada do grupo que teve seu auge entre os anos 70 e início dos 80.

No entanto, o diretor artístico e cênico ressalta que este não é um espetáculo caricato da década. “Não é um espetáculo datado, nem um cover. É um musical inédito para surpreender as pessoas. É extremamente contemporâneo”, considera.

O musical ABBA Symphonic Musical Dance está programado para começar às 21h nos dois dias. Os dois dias estão com ingressos quase esgotados, mas ainda há lugares disponíveis. Os valores variam de R$ 60 e R$ 120 – mais taxa administrativa no valor de R$ 10 e a compra é feita diretamente pelo site do Disk-Ingressos.

Quarteto já vendeu mais de 400 milhões de cópias em todo o mundo. Foto: Div,ulgação/Guto Tatasuk.

O ABBA

O grupo sueco foi uma das maiores expressões da década de 70 e até os dias atuais mantém uma legião de fãs. O ABBA foi formado em Estocolmo, em 1972, pelos casais Benny Andersson, Anni-Frid “Frida” Lyngstad, Björn Ulvaeus e Agnetha Fätskogm

Curiosamente, o nome do grupo está relacionado aos nomes dos integrantes. O quarteto utilizou as iniciais de cada participante para criar o nome. O ABBA ganhou fama internacional apenas dois anos depois da formação, quando venceram um festival de canção. Não demorou muito e o grupo se tornou campeão de vendas de discos.

Atualmente, o ABBA é considerado um dos maiores sucessos, com vendas que chegam a 400 milhões em todo o mundo. Após a dissolução do quarteto, em 1982, as canções foram interpretadas por diversos artistas e inspiraram o musical Mamma Mia! (2008), produzido pela Universal Stúdios, com Meryl Streep no elenco.