Ministro da Cultura lança Política Nacional de Museus

Rio

  – A unificação da política para os museus brasileiros, os 12 federais (8 deles no Rio), os 23 regionais, ligados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os subordinados aos estados e municípios e os privados, é a meta da Política Nacional de Museus, que o ministro da Cultura, Gilberto Gil, lançou ontem no Museu Histórico Nacional, no Rio. “É o ponto de partida para a criação de um órgão que abrigue todos os museus e promova sua integração com as universidades e outras instituições afins”, disse Gil para diretores e museólogos cariocas. “Nessa política, estão incluídas as reivindicações da área, da capacitação de pessoal e plano de carreira à desburocratização e dinamização dos processos que os aproximam da população em geral.”

Gil elogiou as administrações dos museus federais do Rio, especialmente do Histórico Nacional. “Estão bem cuidados, graças ao interesse pessoal de seus diretores, a exemplo desta casa em que estamos”, lembrou ele. “Alguns estão em condições difíceis e, mesmo sem estarem subordinados ao MinC, fazemos um esforço para melhorar sua situação. É o caso do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, o mais precário. Pertence ao Ministério da Educação, mas estamos empenhado em sua restauração.”

Para o violonista Turíbio dos Santos, decano dos diretores de museus federais do Rio, à frente do Villa-Lobos há 17 anos, há duas premências principais. “Atenção localizada para os prédios e atenção particular para a informatização, que os levará para o futuro”, disse. “A nova política vai viabilizar atualização e renovação dos quadros e intercâmbio dos museus com outras instituições.”

Gil tenta realizar essas premissas com o orçamento de R$ 150 milhões do MinC para 2003, mas considera-o insuficiente. “A gente se esforça, mas uma hora é preciso dinheiro. Por isso, tenho feito reivindicações quase diárias ao Palocci (ministro da Fazenda)”, contou. “Se não venho a público declará-las é porque atendo à orientação do presidente Lula de convergir esforços para a questão econômica, e o Palocci é quem carrega o fardo de levar essa política adiante. Isso não quer dizer que será sempre desta forma. Agora é hora de reivindicar internamente, mas quando for preciso fazê-lo publicamente, agirei assim.”

Comemoração no Paraná

No Paraná, o Dia Internacional dos Museus será comemorado no vão livre do Museu Oscar Niemeyer amanhã, com uma série de atividades artísticas e culturais programadas pela Coordenação do Sistema Estadual de Museus (Cosem), da Secretaria de Estado da Cultura.

Das 10h às 18h, apresentam-se as bandas da Polícia Militar, do Colégio Estadual do Paraná e o grupo de MPB Kathmandu; o grupo vocal Womens Club de Curitiba, a companhia de teatro Beco Sem Saída (com a peça Ópera da Terra Curitiba) e Boi de Mamão da Casa do Fandango Mestre Eugênio, de Paranaguá.

Também está programada a participação da Faculdade de Artes do Paraná, com oficinas de artes plásticas, da Uniandrade, com uma equipe de recreacionistas do Departamento de Educação Física e das crianças das escolas da rede pública de ensino, além de artistas independentes.

Instituída pelo Conselho Internacional dos Museus, a data promove as instituições como entidades de comunicação viva e de produção de conhecimento.

Voltar ao topo