"Woody Allen não é mais o mesmo". A crítica ao diretor norte-americano desta vez chega nas palavras do monsenhor Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho da Cultura do Vaticano, que dedicou um artigo ao cineasta no jornal Osservatore Romano.

continua após a publicidade

Ravasi afirma que "nossa época não tem a coragem de olhar a si mesma no espelho da Palavra divina" e, em seguida, adverte: "Perder de vista as questões fundamentais da vida não faz bem aos artistas. Basta pensar em Woody Allen. Ele não é mais o mesmo; agora se limita a leviandades, fogos de artifício", escreve o "ministro" da cultura do Vaticano.

"O sucesso do Festival de Cinema Espiritual na América Latina demonstra que a questão existe", acrescenta Ravasi. "Cineastas e roteiristas estão cansados de banalidade e lugar comum; pedidos de seminários e colaborações chegam dos estúdios de Los Angeles e da New York Film Academy. Na Itália, (o cineasta italiano) Ermanno Olmi está trabalhando em um projeto sobre Jesus para (a rede de televisão) Rai 3".

"É árduo expressar a transcendência na arte, mas é o único desafio que a mantém viva", acrescentou o religioso.

continua após a publicidade