Londres – O roqueiro Mick Jagger, que já foi símbolo do desdém ao establishment britânico, foi condecorado cavaleiro ontem pelo príncipe Charles, em uma cerimônia no Palácio de Buckingham. “Foi tudo maravilhosamente formal”, contou a repórteres o sessentão Jagger após a cerimônia em que Charles tocou levemente os dois ombros do artista com uma espada.
Questionado se achava que merecia tal honra, o cantor simplesmente disse “sim”.
O homem há quatro décadas à frente do lendário Rolling Stones rejeitou as declarações de que tinha se vendido ao sistema contra o qual lutou por tanto tempo. “Não acho que o sistema do jeito que conhecíamos existe mais”, afirmou.
Mas, mantendo ao menos um toque de rebeldia, Jagger dispensou os tradicionais chapéu e fraque e usou um longo casaco de couro, echarpe roxa e sapatos esportivos. O roqueiro levou o pai de 92 anos e duas de suas filhas à cerimônia.
A respeito de seu colega de banda Keith Richards, que o criticou por aceitar o título, Jagger disse: “É meio como uma criança que grita porque não ganhou sorvete”. Richards disse à revista Uncut que não queria dividir o palco com um “sir”. Jagger passa agora a integrar o panteão de cavaleiros pop ao lado de sir Elton John e sir Paul McCartney.