Michael Bublé começa sua primeira turnê pelo Brasil

Michael Bublé, o “Frank Sinatra canadense”, ou ainda “o Harry Connick Jr. de Vancouver”, começa a partir desta terça-feira (18), por São Paulo, sua primeira turnê pelo Brasil com um show que tem preços proibitivos, entre R$ 300 e R$ 1,1 mil. Mas ele tem gastado metade de suas entrevistas explicando que não é um mercenário, que os preços altos se devem ao custo de trazer uma big band consigo e à nova conjuntura internacional. “Todo mundo está sendo afetado, os shows, os filmes. Ficou mais caro excursionar, produzir, e isso se reflete nos preços. Não se trata de ganhar muito dinheiro, não estou ganhando mais do que em anos passados”, disse o cantor.

Bublé tem a incrível capacidade de tornar pop o que era jazz ortodoxo e tornar jazz macio o que era pop. É o que fez agora com uma balada de Eric Clapton, Wonderful Tonight, na qual divide os vocais com o brasileiro Ivan Lins. Está no seu novo disco, ‘Call me Irresponsible’ – no qual também reinterpreta Leonard Cohen (I’m Your Man), Harold Arlen (I’ve Got the World on a String), Billy Paul (Me and Mrs. Jones), Henry Mancini (It Had Better be Tonight) e divide vocais com o Boyz II Men em Comin’ Home Baby.

A primeira vez que o Brasil (e o mundo) ouviu falar de Michael Bublé foi em 2004, quando a Warner lançou aqui ‘Come Fly With me’, no qual Bublé expressava sua paixão por standards sinatrianos, em músicas como My Funny Valentine (Lorenz Hart e Richard Rodgers). O álbum vendeu mais de 3 milhões de cópias mundo afora. Nele, o jovem canadense mediava também as relações entre o jazz e o pop, cantando Bee Gees (How Can You Mend a Broken Heart) e Freddie Mercury (Crazy Little Thing Called Love) e Van Morrison (Moondance).

Desde então, ele ganhou o planeta e fez shows em quase 50 países. “Tenho grande sorte de poder cantar pelo mundo todo. Minha diversão preferida é cantar, é estar no palco”, afirma. Os colegas de geração, como Madeleine Peyroux, Norah Jones e Jamie Cullum, sempre se referem a Bublé com reverência.