Memória de cores e luz

Pode alguém ser artista plástico – ou, mais precisamente, pintor – com a visão comprometida? A paranaense Estela Sandrini, que mantém uma exposição com obras recentes no Museu Alfredo Andersen até o dia 13 de agosto, pode. Ela usa a sua memória das cores e das suas diversas expressões para compor telas de grande porte, em óleo sobre tela, onde demonstra a sua relação biológica com a própria cor, a luz e os traços fortes. O resultado atinge a essência dos vermelhos, terras e azuis, característica da sua arte.

Com curadoria da artista plástica Cristina Mendes, a mostra reúne obras que retratam o passional e o dramático dos pincéis de Estela, que retratam o invisível para os “mortais”. Formada pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, com especialização nos Estados Unidos, Estela já realizou individuais em Curitiba, São Paulo, Londrina, Baltimore, Washingnton, Argentina, Nova York e em Berlim. Nesta exposição ela mostra uma parte da exposição que vai para o Art Format, em Nova York no final do ano.

“Tudo se resume na casa, é ela ainda o sentido de sua pintura…” escreve Maria José Justino, ao apresentar a mostra. “Só que agora essas tralhas aparecem de forma camuflada, quase invisíveis, ocultas pelas manchas, ora incompletas na sua presença fragmentos de objetos, ora completas na não-presença dos vazios das cadeiras e gavetas”, completa.

Estela Sandrini possui obras em acervos do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de Santa Catarina, Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Museu de Arte de Goiânia, Museu de Arte Brasileira, Coleção the Brazilian-American Cultural Institute, em Washington, Eubie Blake Cultural Center, em Baltimore, Museu Metropolitano de Arte de Curitiba, Museu de Arte Contemporânea do Estado de Pernambuco, Coleção Gilberto Chateaubriand, do Rio de Janeiro, Coleção Carol Pulin, em Washington e Coleção Prefeitura Municipal de Curitiba.

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O Museu Alfredo Andersen fica na Rua Mateus Leme, 336. Visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados das 10h às 16h. Entrada franca.

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