Marisa Orth fala de sua personagem em ‘Sangue Bom’

Enquanto os personagens de Sangue Bom, nova novela das 7, que estreia nesta segunda-feira, dão duro para pagar as contas, Damaris, vivida por Marisa Orth, será vista na maior vida mansa. “Ela vive de peruagem, já apareceu fazendo ginástica e massagem”, conta a atriz, há sete anos sem participar de um folhetim.

Na trama, ela encara a herdeira de um parque de diversões que passa os dias tentando recuperar o amor do ex-marido, Wilson (Marco Ricca), e imita todas as namoradas que ele conquista a cada capítulo. “Quando ele estava de caso com a Mulher Mangaba (Ellen Roche), uma mulher fruta, ela aprende funk. Faz várias tentativas de suicídio, é patética. Ela também funda uma religião para a classe AA, mas só vai o pessoal da D e E.”

Uma das marcas de Damaris são os exageros. “Ela berra no meio da rua, trata mal os empregados. Mas, depois, os chama porque quer conversar e é carente. Ela é rica e grossa no sentido de que os pais nunca investiram em cultura. É aquela que quer ser VIP, extremamente consumista. Aquilo de bom que a burguesia, às vezes, traz”, analisa.

A atriz afirma ir na contramão da personagem, que quer mostrar status. “O mundo inteiro passa por isso. Tem gente que diz que o bom é ser celebridade. Eu quase bati num motorista de táxi quando ainda estava fazendo teatro e começando a novela. Ele falou que o bom é ser celebridade. É uma barra-pesada de trabalho. As pessoas realmente acreditam que quem é famoso por causa do trabalho não trabalha. Então, as pessoas querem ser celebridades, acham que a fama significa ser melhor.”

Marisa se impressiona com os artistas que levam a fama a sério. “Vejo gente entrando no mercado de entretenimento com quatro assessores. Eu nunca tive assessor de imprensa pessoal. Não sei muito para o que serve. Já tem da novela. Os produtos que eu vendo, como peça, já têm divulgação. Eu, Marisa, estou vendendo o quê? Minha imagem? Eu trabalho com a imagem dos papéis que faço, é um ofício ser atriz. Os atores sérios sabem disso, no resto do dia somos normais, como um açougueiro ou uma manicure.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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