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‘Madame Satã foi o começo de tudo’, diz Karim Aïnouz

Karim Aïnouz é um dos grandes diretores. Circula entre Cannes e Berlim. Este ano, estará de volta à seleção oficial na mostra Un Certain Regard.

É a sua volta em alto estilo, anos depois de Madame Satã. Alguma grande lembrança?

Madame Satã foi meu primeiro longa e estreou no Un Certain Regard. Foi um começo de vida inesquecível para o filme e para o meu futuro. Lembro da exibição em uma sala gigante, eu sentado ao lado do Lazaro (Ramos), e da recepção mais que calorosa que o filme teve. Foi dali pra cima. O Abismo Prateado também deu seus primeiros passos em Cannes, na Quinzena dos Realizadores. São memórias vívidas, cheias de alegria.

Uma palhinha sobre A Vida Invisível de Eurídice Gusmão. O que é?

É um melodrama tropical cheio de afeto e paixão, vermelho e verde flúor – uma história de cumplicidade entre mulheres – tema que me encanta desde meu primeiro curta. Fui criado numa família cearense de mulheres fortes e apaixonantes. Adaptar o romance da Martha Batalha me permitiu mergulhar novamente neste universo, que me é tão próximo.

Nesse momento de crise, estás filmando e com outro filme prometido (no Japão), Favela High Tech. Algum comentário sobre os cortes de patrocínio no País? Esses filmes tinham leis de incentivo? Foram liberadas?

Os filmes se tornaram possíveis por causa de leis de incentivo. Fico feliz que o apoio público da cultura permita que o Brasil possa ser representado de maneira digna e potente no mundo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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