As crônicas de Loyola Brandão para os jornais diários, estão reunidas em livro. O movimento das ruas da cidade tem algo de sagrado para o escritor Ignácio de Loyola Brandão – andarilho contumaz, usuário assíduo do metrô, ele aproveita esses momentos para recolher material para sua escrita. Não se trata, na verdade, de um hábito tão raro (qualquer cronista que se preze busca inspiração no dia-a-dia), mas Loyola tem o olhar apurado para os detalhes. Assim, passear sob a chuva, encontrar um sapo na garagem e os estranhos casos de taxistas foram assunto para as mais de 500 crônicas que ele já publicou no jornal O Estado de S. Paulo, desde 1993. Professora da PUC, Cecília Almeida Salles selecionou 109 delas, que resultaram no livro “Melhores Crônicas”, novo lançamento da Global Editora.
Loyola vai estar hoje na Bienal Internacional do Livro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, autografando a obra. A partir das 15 horas, ele recebe os leitores no estande da Global. “Não quero nada oficial, para não impor a presença dos amigos”, comenta o escritor que, às 20h30, segue para o Salão de Idéias, no qual participa do debate “A Paulicéia e Eu”, quando novamente conversa com o público.
Loyola conta que não participou da seleção feita por Cecília, preferindo uma visão exterior da sua obra. “Claro que eu colocaria algumas crônicas que ficaram de fora, mas a seleção feita por ela é muito boa”, comenta o escritor, surpreso com algumas conclusões feitas pela pesquisadora. Como assuntos tratados em certas crônicas que acabaram inspirando a trama de romances futuros.
Para quem vai a São Paulo a Bienal é um evento imperdível, pois conta com lançamentos e diversos livros a preço de custo.