Logo no segundo teste, Thaís Vaz conseguiu espaço em Malhação

Thaís Vaz acha que teve uma baita sorte ao conseguir seu primeiro trabalho na tevê. Logo no segundo teste, ganhou o papel da esquentada Flávia em Malhação. De quebra, ainda fez participações em Celebridade, como uma das conquistas de Paulo César, personagem de Paulinho Vilhena, e na própria Malhação enquanto aguardava o resultado. O desempenho nesta última, inclusive, foi o que de fato lhe rendeu a primeira personagem fixa.

A direção do “folheteen” gostou da forma voraz com que Thaís agarrou Cabeção, personagem de Sérgio Hondjakoff, numa cena. “Acharam que a minha atitude se encaixava no perfil da Flávia. Realmente tenho o temperamento parecido com o dela. Também sou esquentada e não gosto de ver injustiças”, compara esta carioca de 24 anos.

Essa identificação com a personagem, que no decorrer da trama ficou bem mais tranqüila, faz Thaís enxergar o trabalho como uma terapia. “Está sendo bom também para a minha vida pessoal. Aprendi a me policiar mais. Mas a Flávia é bem pior que eu. Já fez coisas que eu jamais faria, como dar uma gravata numa menina da aula de ioga”, relembra. Interpretar uma personagem que remete à própria realidade, no entanto, não torna o trabalho mais fácil para Thaís. Há seis meses em Malhação, ela volta e meia ainda fica nervosa no set. “Um dia estou mais à vontade e no outro fico com o coração na boca para falar uma frase. Às vezes o texto simplesmente não sai. É horrível”, confessa.

Sem desanimar

As constantes dificuldades nem de longe a desanimam de continuar na profissão. “Tenho muita vontade de aprender”, diz, com determinação. A instabilidade e a concorrência do meio artístico ela também procura encarar com tranqüilidade. “Me preocupo com isso, mas sempre vivi assim. Nunca tive um trabalho fixo. Se não der certo, parto para outra”, conclui Thaís, que, no entanto, não imagina o que seria essa “outra”. Quando terminou o segundo grau, ela ficou um ano refletindo sobre o que iria fazer enquanto trabalhava como modelo. Como sempre gostou de arte em geral, até mesmo artes plásticas, decidiu fazer um curso profissionalizante de interpretação para teatro, tevê e cinema na Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro. “No segundo período percebi que era isso mesmo o que queria e hoje não me vejo fazendo outra coisa”, conta a atriz, que, quando terminou o curso, integrou o grupo de teatro do diretor Antônio Guedes e fez um cadastro na Globo. Logo depois, começou a ser chamada para testes.

A mesma disposição que Thaís tem para se firmar como atriz não se estende ao assédio do público, normalmente proporcional ao destaque. Ela assume que a idéia de perder a privacidade lhe desagrada. “Às vezes você está resolvendo algo importante ou entretido num papo e vem alguém interromper. Fora essas situações, é bom ser reconhecido” , ameniza.

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