O repórter norte-americano Nico Hines, do i usou a tecnologia para o mal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: ele usou aplicativos de encontro homossexuais na Vila Olímpica para descobrir quais atletas hospedados eram gays.

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Hines criou um perfil falso no Tinder e no Grindr, flertou com atletas e publicou as conversas em seu site, junto com todas as informações sobre eles.

Amini fonua, nadador que teve sua homossexualidade exposta pelo repórter Nico Hines, do jornal americano The Daily Beast.

Um dos atletas expostos foi Amini Fonua, nadador do Tonga. Em seu Twitter, o atleta criticou muito o jornalista e sua publicação. “Ainda é ilegal ser gay em Tonga, e enquanto sou forte para enfrentar isso, nem todo mundo consegue. O Daily Beast deveria estar envergonhado”, escreveu

Fonua também tuitou diretamente para o repórter: “você me enoja. Você tem ideia de quantas vidas foram arruinadas sem nenhum bom motivo, a não ser o seu jornalismo caça-cliques?”

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O nadador desabafou nas redes sociais e disse que Hines puxou pessoas “para fora do armário”. “Imagine um espaço em que você pode se sentir seguro, o único espaço em que você pode ser você mesmo, arruinado por uma pessoa heterossexual que acha que tudo é uma piada?”

Mais tarde, o Daily Beast apagou a publicação, mas a matéria já havia se espalhado pela internet.

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