Joana tanto afirmou que gostaria de ser atriz, que foi chamada para “Malhação”

Luiza Dantas e
Jorge Rodrigues Jorge / Carta Z Notícias
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Joana ganhou a simpatia de Ricardo Waddington.

Em suas entrevistas, a modelo Joana Balaguer disse tanto que pretendia virar atriz que conseguiu o que queria: entrar em "Malhação". O diretor de núcleo do "folheteen", Ricardo Waddington, admite que até ficou com uma certa antipatia de Joana, mas a primeira impressão foi abandonada depois que ele assistiu a um teste da moça para a Oficina de Atores da Globo. Ricardo achou que a menina, de 20 anos, tinha carisma suficiente para protagonizar a temporada 2005 de "Malhação". Estrear num dos papéis principais estranhamente não desperta em Joana nenhum tipo de preocupação ou receio. "Não tenho medo de nada. Não penso no fato de ser protagonista", exagera, esbanjando uma segurança incomum aos novatos.

Na trama, Joana interpreta a jovem Jaque, de 18 anos, que tem uma família bem complicada. O irmão é um "pitboy" sempre envolvido em confusões. Júlio César, o pai vivido por Oscar Magrini, se revolta depois de perder o emprego de engenheiro e ter de trabalhar como taxista. Já a mãe, Rita, papel de Cristiana Oliveira, luta para manter a família unida.

Para aumentar ainda mais o sofrimento de Jaque, ela engravida do namorado da melhor amiga. Joana ressalta, no entanto, que a moça engravidou de boa vontade não para dar um golpe na amiga e "roubar-lhe" o namorado. "Em nenhum momento vou fazer a Jaque má. Ela vai apenas agir com o coração", frisa.

Como conseguiu fazer o trabalho que queria na produção que queria, Joana está rindo de "orelha a orelha". Ao mesmo tempo que tenta posar de atriz experiente, não consegue esconder o deslumbre com os companheiros de elenco e com os cenários, coisa típica de estreantes. O entusiasmo é tanto que ela derrete-se, inclusive, ao falar de Thiago Rodrigues, intérprete de Bernardo, o jovem cobiçado pelas duas amigas, a quem já conhece há alguns anos de "baladas". E quando o assunto chega em Cristiana Oliveira, a empolgação vai longe. "É muito louco. Estou fazendo cenas com uma pessoa que tem 15 anos de carreira e eu, duas semanas", compara, encantada.

Esse pouquíssimo tempo atuando, no entanto, já foi suficiente para Joana varrer a atividade de modelo para debaixo do tapete e se intitular atriz. A moça é taxativa ao ser questionada sobre a forma como vai conduzir as duas profissões. "Agora sou atriz. Os trabalhos que vierem como modelo serão conseqüência", imagina, com um singelo sorriso nos lábios. O mais curioso é que todo esse desejo de ser atriz está longe de ser uma vocação ou um sonho de infância. Surgiu exatamente depois que Joana namorou Bruno Gagliasso e passou a freqüentar festas e eventos repletos de atores. "Vontade, vontade de ser atriz, nunca tive. Foi surgindo nesses últimos tempos…", admite.

Como nunca sequer pisou num curso de teatro, Joana divide seu tempo entre as gravações e a preparação com a "coach" Andréa Cavalcante. Andréa dá aulas individuais de interpretação para Joana, mas também faz um trabalho em conjunto com ela e os outros dois protagonistas da temporada: Thiago e Fernanda Vasconcellos. Para ter um pouco mais de facilidade durante as cenas, Joana costuma "passar" os textos com Fernanda, que já considera uma grande amiga. Há duas semanas, Joana também começou a fazer sessões de fonoaudiologia. "É para tirar um pouco do carioquês", justifica a moça, tentando evitar a típica puxada no "s".

De fato, Joana está inteiramente concentrada na sua nova carreira. E garante que pretende não dar muita confiança às críticas que virão. Mas como não custa nada prevenir, a moça já ensaia um discurso, típico de iniciantes com a autoconfiança em dia. "Todo mundo, quando estréia, não é tão bom quanto fica depois", filosofa.

Modelo também "por acaso"

Não há dúvidas de que Joana Balaguer é uma garota de sorte. Na sua vida, as mudanças acontecem abruptamente, como se caíssem no colo. Foi assim com a profissão de atriz e também com a de modelo, iniciada há menos de um ano. Joana fazia curso de moda em uma faculdade particular em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, e um "belo" dia resolveu tomar um suco na padaria em frente durante o intervalo das aulas. Lá, foi "descoberta" por Ike Cruz, empresário das atrizes Carol Castro e Juliana Paes. Ike achou que ela tinha jeito para ser modelo e deu um cartão a ela. "Eu sabia que ele era reconhecido. Só por isso liguei", argumenta. Ike encaminhou Joana para um teste para uma campanha de refrigerante. Joana foi imediatamente escolhida.

Daí em diante, não parou mais. Pouco tempo depois, já havia sido escolhida para fazer vários outros comerciais. Sua imagem podia ser vista facilmente na tevê, nas revistas e nos "outdoors" associada a telefones celulares, grife de roupas femininas e de moda praia. Bastou a carreira de Joana começar a deslanchar para surgirem as comparações físicas com a também modelo Daniela Cicarelli.

Elas ficaram ainda mais intensas depois que Joana gravou o comercial de um celular ao lado do jogador de futebol Ronaldinho, atual namorado de Daniela. Joana tenta disfarçar e diz que não se incomoda em ser chamada de clone de Cicarelli, até porque acha a modelo mineira linda. Mas, em alguns instantes, o aborrecimento da moça com essas comparações é nítido. Aliás, ela está aproveitando esse "momento atriz" para tentar mudar a situação. "Quem sabe agora não vão falar: ?Cicarelli sósia da Joana?", torce, sem nenhum resquício de modéstia.

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