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Internautas protestam contra proibição de ‘burkínis’ na França

A proibição do uso de burkíni (junção das palavras “burca” e “biquíni”) em algumas cidades da França começou a repercutir nas redes sociais. É que cresceu o número de municípios franceses contrários ao uso dessa vestimenta – uma espécie de burca adaptada para que muçulmanas francesas possam ir à piscina ou à praia sem que desrespeitassem a doutrina islâmica. Em sete cidades da França, a proibição do burkíni já é lei.

Os internautas que reprovaram a iniciativa passaram a protestar e a fazer piadas pedindo, por exemplo, o veto do uso de sungas por homens gordos com mais de 50 anos. “Burkíni banido na França? Não são os franceses que querem que os homens usem sunga? Eu sei o que me ofende mais! #useoquevocêquiser”, escreveu o internauta Ronan McCann, no Twitter.

Outra internauta foi mais irônica: “Eu realmente acho que se os trajes de praia devem ser policiados, em seguida, seria mais apropriados começar a pensar nos homens brancos com mais de 50 anos que usam sungas”, postou Ruth Matthew na rede de microblogs.

A primeira polêmica causada pelo uso do burkíni aconteceu em Marselha. Um parque aquático chegou a proibir a entrada de mulheres muçulmanas que vestiam esse traje em um evento a pedido de autoridades locais.

Essa discussão acontece no momento em que a relação da França com a população muçulmana está fragilizada, especialmente depois dos últimos atentados terroristas ligados ao grupo Estado Islâmico que ocorreram no país. A rejeição aos muçulmanos aumentou visivelmente após os ataques.

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