Uma juíza russa declarou hoje as três mulheres da banda punk Pussy Riot culpadas pela acusação de vandalismo motivado por ódio religioso por fazerem um protesto contra o governo na principal catedral de Moscou. A sentença ainda não foi emitida, mas os promotores estatais querem uma pena de três anos de cadeia.

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O Pussy Riot decidiu realizar o protesto na catedral depois que o patriarca ortodoxo russo, Kirill, pedisse voto para Putin às vésperas das eleições presidenciais de março, um fato que indignou não somente as integrantes do grupo, mas toda a oposição.

Durante o julgamento, uma das jovens chegou a afirmar que se trata de um processo político e que se tivessem cantado “Madre de Dios, protege a Putin” não estariam diante dos tribunais.

Durante sua recente apresentação em Moscou, a cantora Madonna, que chegou a usar o gorro característico do Pussy Riot, também pediu abertamente a libertação das três integrantes. Na ocasião, Madonna ainda apareceu como o nome do grupo escrito em suas costas.

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“Vladimir Putin deve perdoá-las como artistas, como mulheres e como mães. Elas devem ser libertadas”, afirmou a cantora americana ao jornal “Kommersant”.
Anteriormente, o grupo americano Red Hot Chilli Peppers também prestou apoio às jovens durante um show na capital russa, campanha que foi imediatamente seguida por Paul McCartney, Sting, Peter Gabriel, The Who e Bjork, entre outros.
Atos públicos em apoio ao grupo punk russo foram realizados em diversas cidades de todo o mundo. Amanhã, nas imediações do tribunal Jamovniki de Moscou, líderes e partidários da oposição não parlamentar russa também se reunirão para uma grande manifestação.