Vale a pena...

Humor inocente de ‘Êta Mundo Bom!’ substitui ‘Avenida Brasil’ em abril nas tardes da Globo

Depois de dois grandes sucessos, “Por Amor” (1997) e “Avenida Brasil” (2012), a Globo escolheu uma novela que tem como marca o humor inocente e um protagonista caipira para o Vale a Pena Ver de Novo. É “Êta Mundo Bom!” (2016), trama de Walcyr Carrasco, que será reprisada pela primeira vez, a partir de abril, nas tardes da emissora.

Exibida há quatro anos na faixa das seis, a história do ingênuo e otimista Candinho, interpretado por Sérgio Guizé, conquistou o público e bateu recorde -a trama terminou com 31,7 pontos de audiência na Grande São Paulo, segundo Kantar Ibope, melhor índice da emissora no horário desde 2007.

Carrasco contou que teve a ideia ao rever o filme “Candinho” (1954), protagonizado por Mazzaropi (1912-1981). O longa, por sua vez, foi inspirado no conto “Cândido ou O Otimismo” (1759), do filósofo francês Voltaire.

“Tudo que acontece de ruim na vida da gente é pra meiorá [sic].” Essa era a frase síntese de Candinho. Abandonado quando ainda era bebê dentro de um cesto, o caipira é criado por Eponina (Rosi Campos), na fazenda Dom Pedro 2º, no interior de São Paulo.

Ao crescer, ele se torna empregado da fazenda e tem de lidar com a indiferença de Cunegundes (Elizabeth Savalla), matriarca da família. Acaba sendo expulso porque ela não admite a paixão entre Candinho e a sua filha, Filomena (Débora Nascimento). A jovem, diz a mãe, precisa casar com um homem rico para salvar as dívidas da família.

Candinho resolve partir, com seu burro Policarpo, para a capital paulista em busca da sua verdadeira mãe. Não imagina que ela, Anastácia (Eliane Giardini), é uma viúva rica que procura pelo filho perdido. Mas o encontro dos dois será atrapalhado pelos vilões: os irmãos e sobrinhos de Anastácia, Sandra (Flávia Alessandra) e Celso (Rainer Cadete), e o malandro Ernesto (Eriberto Leão).

No meio de tantas aventuras, o caipira conhece Pirulito (JP Rufino), um menino de rua que se torna seu amigo inseparável. Além disso, na cidade de São Paulo dos anos 1940, período em que se passa a novela, ele reencontra e conta com a ajuda de Pancrácio (Marco Nanini), professor que vive disfarçado e pedindo esmolas nas ruas.

“Êta Mundo Bom!” é um melodrama, “com todas as regras do gênero”, como já disse Carrasco, autor também de “O Cravo e a Rosa” (2000), “Chocolate com Pimenta” (2003) e “Alma Gêmea” (2004). As quatro têm características comuns, como o humor ingênuo e, em alguns momentos, pastelão, o drama popular e personagens cativantes, que têm tudo para conquistar, mais uma vez, o público.