Gui Cicarelli, um jovem guitarrista que já fez apresentações no Bourbon Street, pode funcionar como um catalisador de novas plateias. É o que pensa o sócio da casa e diretor do projeto, Edgard Radesca. Ter a figura de um host não é comum em festivais no País. A plateia que o acompanha está na casa dos 30 anos e tem se mostrado fiel.

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O blues brasileiro não tem mais o mesmo circuito de outros anos, sobretudo na segunda metade dos anos 1990. Novos grupos, no entanto, seguem surgindo. Radesca conta que a programação do festival foi feita das conexões que os brasileiros que vão se apresentar já tinham com as atrações de fora. A curadoria foi sugerida pelos músicos, um formato que pode render outros festivais.

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Há um desafio aos programadores de casa de shows levantado por projetos como esse. Grupos em grupo, como mostram os festivais, valem mais. Assim, trazer atrações em bloco e juntá-las sob um mesmo guarda-chuvas pode ser mais caro a quem realiza, mas tem grandes chances de render mais.

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As efemérides também podem gerar projetos valiosos sem custos estratosféricos. Juntar músicos para tocar o repertório de Nat King Cole seria fantástico para o próximo domingo, em algum clube de jazz de São Paulo. Ao mesmo tempo em que mostraria o talento dos novos desta cena, atrairia um público apaixonado por Nat e que raramente pode ouvir suas canções ao vivo. Mas, infelizmente, ninguém vai se lembrar de que Nat faria, nesta data, 100 anos de idade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.