Guairinha abre as cortinas para a música caipira

Principal grupo de música sertaneja “de raiz” de Curitiba, o Viola Quebrada promete transformar o “Auditório Salvador de Ferrante”, o popular Guairinha, em um aconchegante salão para apreciar a mais pura moda de viola. É o show de lançamento de Sertaneja, o segundo CD do grupo formado em 1997 por Oswaldo Rios (voz e violão), Margareth Makiolke (voz e violão), Robério Gulin (viola caipira) e Rubens Pires (acordeon), que acontece hoje às 21h no espaço.

A exemplo do primeiro disco, Viola Quebrada, lançado em 2000 pela Eldorado e relançado no final de 2001 pela Kuarup Discos, Sertaneja -que está para sair do forno nos próximos dias – reúne algumas jóias da música caipira, como Cabelo Loiro e Boneca Cobiçada, esta última sucesso de Palmeira e Biá de 1956, Nhá Carola, gravada por Mazzaroppi e Lolita Rodrigues no mesmo ano, Chitãozinho e Xororó, de Serrinha e Athos Campos e Encantos da Natureza, pequena obra-prima nascida da parceria entre Tião Carreiro e Luiz de Castro.

Outros destaques são a toada Cabocla Tereza, de Raul Torres e João Pacífico, Lembrança, de José Fortuna, O Mineiro e o Italiano, de Teddy Vieira e Nelson Gomes e ainda a canção Meu Paraná, de Lápis, num arranjo que resgata a rabeca e o sapateado do fandango. O disco conta ainda com a participação de Zeca Baleiro na faixa Balão que Cai, outro fandango tradicional do litoral paranaense, feito por ocasião da passagem do famoso “Graff Zeppelin” por Paranaguá.

Repertório

O repertório do show será formado basicamente pelas músicas de Sertaneja, mais algumas músicas do primeiro disco e clássicos como Meu Primeiro Amor, Moreninha Linda e a bem-humorada Moda da Pinga. Participam do espetáculo o percussionista Luciano Vassão, o contrabaixista Cristian Julian e o violonista Maurílio Ribeiro.

Mesmo oriundos de diversas escolas musicais, com formações que vão do erudito ao rock, passando pelo jazz e pela MPB, os integrantes do Viola Quebrada têm em comum a paixão pela música caipira genuína, o que os levou a montar o grupo, gravar os discos e a participar de coletâneas e se apresentar ao lado de mestres 0do gênero como Pena Branca & Xavantinho, Renato Teixeira, Almir Sater, Rolando Boldrin e Teca Calazans, entre outros. “Nossa intenção é prestar uma homenagem à música rural brasileira”, resume Oswaldo Rios. Entre os planos do grupo estão um CD autoral (“o terceiro ou quarto disco já deve vir com músicas nossas”, adianta Rios) e apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo e no interior.

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Hoje às 21h no Guairinha. Ingressos a 10 reais.

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