Graça e beleza marcam o encerramento da ginástica nos Jogos Colegiais

A Ginástica Rítmica (GR) encerrou as competições nesta quarta-feira (12) na fase final da 53ª edição dos Jogos Colegiais do Paraná (Jocops) em Curitiba. Pela primeira vez a modalidade faz parte do Jocops e premiou na categoria individual, a ginasta Maiara Luiz, do Colégio Imaculado Coração de Maria, de Toledo, que levou a melhor na classificação geral e também foi ouro na categoria mãos livres. No aparelho com fita, a medalha de ouro foi para Monize Gamach, do Colégio Toledo, também da mesma cidade.

O Colégio Regina Mundi, de Maringá, conquistou o primeiro lugar em equipe, o segundo ficou para a equipe do Colégio Eleodório, de Cascavel, e o terceiro para o Colégio Miguel Francisco Filho, de Contenda. A Ginástica Rítmica é uma atividade desportiva exclusivamente feminina, com movimentos corporais harmoniosos acompanhado de música. A modalidade pode ser realizada com aparelhos, como a fita ou em mãos livres.

Nível de exigência

Movimentos corporais expressivos e um alto nível de exigência coorporativa das atletas são algumas das características desta modalidade. A idade é outro fator importante para a iniciação dessa atividade.A ex-ginasta Michelle Salzano (22), agora árbitra de GR, iniciou com apenas 4 anos de idade em São Paulo, com 8 anos foi convidada a treinar em Londrina, onde mora até hoje, cidade sede da equipe brasileira de Ginástica Rítmica.

Michelle deixou se nome na história da ginástica brasileira, participando de campeonatos estaduais e brasileiros e de importantes competições no exterior, como Pan-americano de Winnipeg, em 99, e as Olimpíadas de Sidney, na Austrália, em 2000.

Como os treinamentos são diários e duram 8 horas, as atletas têm que ter disciplina até na hora das refeições e deixar algumas guloseimas de lado para manter o peso ideal, principalmente perto de competições. A paranaense de Toledo, e ex-ginasta Gabriela Andriole (20), é um exemplo de disciplina e competência. Com 9 anos começou na GR e aos 12 foi para Londrina para treinar. Tendo que conter suas vontades de comer doce e tomar refrigerante como toda criança, Gabriela começou a se destacar nos Jogos Escolares, em seguida brasileiros e mundiais e enfim a grande sonhada Olimpíadas de Atenas em 2004.

Disciplina e responsabilidade são cobradas das atletas, mas nunca deixando de lado o carinho e o respeito que é fundamental, pois a primeira coisa que elas fazem depois da apresentação é ir ao encontro da técnica que já esta esperando de braços abertos. ?O carinho das meninas é espontâneo?, diz Solange Martins, técnica de Toledo, uma das cidades que mais se destacou nos Jogos.?Passar tranqüilidade ajuda muito na hora da competição. A cumplicidade é total entre nós?.

E para as futuras campeãs olímpicas, Gabriella dá uma dica ?ser ginasta não é fácil, exige muita disciplina e força de vontade, se tiverem, chegam lá?, diz depois da final de GR, onde foi árbitra.

Voltar ao topo