Gisele Bündchen desfila e doa cachê ao Fome Zero

Enfim foi dada a largada ontem para a edição 2003 do São Paulo Fashion Week, em sua edição de inverno. Serão 40 desfiles até sábado (35 na Fundação Bienal de São Paulo e cinco no Hotel Unique). Seis marcas desfilaram no prédio da Fundação Bienal neste primeiro dia – Ricardo Almeida, Carlota Joaquina, Mario Queiroz, Renato Loureiro, Sommer e Ellus. A grande atração foi a top Gisele Bündchen, que desfilou pela Ricardo Almeida (pela primeira vez para uma marca de moda masculina).

Mas antes Gisele dividiu os holofotes com um senhor baixinho, careca e barbudo – o ministro da Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano. Às 14h30, numa rápida cerimônia no MAM (Museu de Arte Moderna), a top doou o cheque do seu cachê (especulado em torno de US$ 150 mil) que recebeu da patrocinadora Telesp Celular, do Grupo Portugal Telecom, para o programa Fome Zero. “Será muito bem aplicado”, disse o ministro, depois de agradecer. Ele informou que o dinheiro seria depositado no Fundo de Combate à Pobreza. “Eu espero agora que cada um comece a ajudar com o pouquinho que pode”, foram as únicas palavras de Gisele em solo brasileiro. Na passarela, Gisele permaneceu por menos de três minutos. Limitou-se a fechar o desfile de Ricardo Almeida, envergando um sofisticado terninho risca-de-giz com bolsos aparentes e chapéu. Ela embarcaria ontem mesmo de volta para Nova York.

Lula e Marisa

Ricardo Almeida ganhou notoriedade recentemente fora do mundo da moda por assinar os ternos do presidente Luís Inácio Lula da Silva, desde o que foi usado na posse. Questionado pelo Almanaque se considerava o presidente Lula uma “personalidade fashion”, Ricardo Almeida afirmou ter esperança de que o presidente se torne um padrão de elegância: “O visual fashion de Lula depende de paciência. No decorrer do tempo você verá a evolução”. Sinal de que Ricardo já pode ser considerado o estilista oficial da presidência.

A primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, foi outra presença ilustre no primeiro dia do São Paulo Fashion Week. Muito à vontade num terninho azul-turquesa, dividindo as atenções com Hebe Camargo e Raul Cortez, Marisa assistiu aos desfiles ao lado do estilista Walter Rodrigues, responsável pelo seu guarda-roupa de primeira-dama. A coleção de Rodrigues encerra o evento, às 20h45 de sábado.

Mesmo confessando não ter votado em Lula, o estilista derramava-se em elogios para a nova cliente: “Percebi que ela tem uma beleza e elegância interiores, naturais. Elegância é algo que vem de dentro para fora, e ser chique não depende de dinheiro. Tem gente que já nasce com esse atributo”. Quem também estava eufórico com a presença de Marisa Letícia era Paulo Borges, criador do São Paulo Fashion Week: “Há 40 anos um desfile de moda não recebia uma primeira-dama. A última foi Maria Tereza Goulart, no início dos anos 60”, lembrou. Depois da moda masculina de Ricardo Almeida, desfilaram Carlota Joaquina (que promoveu a estréia do estilista-mirim Pedro Coelho Lourenço, de 12 anos), a coleção de inverno com cara de verão de Mario Queiroz, o mineiro Renato Loureiro, a coleção “descolada” da Sommer e moda feminina travessa da Ellus.

Estreantes

Das 40 marcas que participam do evento, nove são estreantes – Alphorria, British Colony por Maxime Perelmutter, Cori, Eduardo Suppes, Jefferson Kulig, Marcelo Quadros, Mareu Nitschke, Osklen e Uma.

A Rosa Chá é a única grife de moda praia a apresentar coleção de inverno nesta edição. As demais retornam na edição Verão, com data já definida de 30 de junho a 05 de julho.

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