?De vez em quando me pedem um novo Matei o presidente ou mesmo para tocar a versão original? conta o rapper. ?Mas não precisa, prefiro outras músicas que se encaixam bem no momento atual. Fiz show em Brasília recentemente e improvisei em cima da letra de FDP. No refrão dessa música, aliás, a platéia aproveita para extravasar sua indignação. As pessoas gritam ?mensalão!? e coisas do tipo?.
Aproveitando a situação, Gabriel promete resgatar no show uma música do primeiro disco, Esperanduquê, que começa com os versos: Eu nada posso perante uma raça que só tem filho da p./ Se espalha por todo um lugar chamado Brasília. E não descarta a possibilidade de improvisar na hora um ou outro discurso ou rap mais específico para personagens da política atual.
O rapper continua afiado nos xingamentos a deputados, senadores, tesoureiros e afins, mas claramente não é o mesmo de sua estréia.
Basta ver o nome do novo CD, Cavaleiro andante. Em vez do assassino de presidente de outrora, aproxima sua imagem do heroísmo romântico de Dom Quixote.