De um lado, um dos caras mais legais do rock, do outro, um bad boy que, recentemente, entrou em rota de colisão com seu público por apresentações desleixadas, xingamentos ao microfone e um chute desferido no rosto de uma fotógrafa à beira do palco. Se Dave Grohl representa o bom-mocismo de sorrisão largo, Josh Homme é o vilão, com suas respostas irônicas, por vezes arredias.

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E é esse yin-yang das guitarras roqueiras formado pelas bandas Foo Fighters e Queens of the Stone Age que começa uma turnê pelo País neste domingo, 25, pelo Estádio do Maracanã, no Rio. O giro marcado pelo encontro dos grupos seguirá para São Paulo (no Allianz Parque, dias 27 e 28 de fevereiro), Curitiba (Pedreira Paulo Leminski, dia 2 de março) e Porto Alegre (Beira-Rio, dia 4). Em todas as noites, o Queens of the Stone Age sobe ao palco antes do Foo Fighters.

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Há que se lembrar da última passagem da banda de Dave Grohl por aqui, também com quatro shows, em 2015. O grupo ainda saboreava a aclamação do disco Wasting Light, de 2011, eleito o melhor álbum de rock pelo Grammy e trazia um projeto ousado chamado Sonic Highways, para o qual percorreram estúdios icônicos para o desenvolvimento do rock nos Estados Unidos para gravar uma música em cada um deles, lançado em 2014.

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Mais gigante do que nunca até então, o Foo Fighters foi estouro, com shows marcados, principalmente, pela capacidade de Grohl em dominar plateias, com piadinhas e tantos berros ao microfone que, ao final de cada show, sua voz era um fiapo – e tudo bem.

Desta vez, Grohl e companhia têm, debaixo do braço, o disco Concrete and Gold, lançado após um hiato, bem-aceito, mas com críticas moderadas.

O Queens of the Stone Age vinha em ascensão das boas. De som mais pesado, com as guitarras vagarosas, como se derretessem sob o sol do deserto californiano, a banda atingiu seu melhor momento criativo com o impecável …Like Clockwork, de 2013 que tem mais alternância rítmica e menos peso – o que incomodou alguns. Villains, o mais recente dos rapazes, é mais polêmico e, veja só, dançante. As atitudes de Homme, seu vocalista e guitarrista, contudo, colocam a banda em cheque – e há quem queira um boicote.

Brasileira

O Ego Kill Talent, uma espécie de dream team do rock nacional, será o responsável pelos shows de abertura de toda a turnê. Com peso flutuante, entre o grunge e o stoner, eles tocaram no Rock in Rio do ano passado e estão na escalação do Lollapalooza 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.