Flip deve mudar em 2010 para manter ‘clima intimista’

A grande concentração de público, que se tornou rotina na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), deverá provocar mudanças na edição do ano que vem para evitar que seja vítima do próprio sucesso. “O clima intimista, que permite um contato mais próximo entre autores e leitores, fica comprometido”, reconheceu Mauro Munhoz, diretor-geral da feira, que estuda a possibilidade de distanciar os locais em que ocorrem os eventos – atualmente, a Tenda dos Autores, a Tenda do Telão e o espaço para autógrafos ocupam áreas próximas.

Também a data de realização da 8ª Flip deverá mudar por conta da Copa do Mundo da África do Sul, programada para ocorrer entre 11 de junho e 11 de julho de 2010. Por conta disso, a festa literária poderá deslocar-se excepcionalmente para a segunda quinzena de julho. Já a busca por patrocínio para viabilizar o encontro promete ser menos árdua que deste ano, quando alguns apoiadores foram definidos poucos dias antes do início do evento.

Como de hábito, a última mesa do domingo reuniu alguns escritores que leram trechos de obras preferidas. Assim, Tatiana Salem Levy escolheu “Escrever”, de Marguerite Duras; Rodrigo Lacerda ficou com “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro; o mexicano Mario Bellatin leu “Prosas Apátridas”, de Julio Ramón Ribeyro; a irlandesa Anne Enright preferiu o conto “The Dead”, do livro Dublinenses, de James Joyce; o americano James Salter leu os versos de “The Enourmous Room”, de e.e. cummings; o afegão Atiq Rahimi escolheu poemas curtos de mulheres anônimas; e a francesa Sophie Calle resolveu homenagear o ex-amante Grégoire Bouillier, lendo trechos de “O Convidado Surpresa.”

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