Lino, o personagem-título da animação dirigida por Rafael Ribas e dublado por Selton Mello, se considera o “cara mais azarado do mundo”. O mesmo não pode ser dito sobre a carreira internacional do filme. Produzido numa casa na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, Lino, o longa-metragem, estreou na última sexta-feira, 2, no mercado russo e foi exibido para 1,2 mil salas espalhadas pelo país de dimensões continentais. Ao final do primeiro fim de semana, a animação foi vista por 126 mil pessoas.

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Os números impressionam pelo tamanho do lançamento em território russo, embora, segundo Ribas, lançamentos no país costumem ter dimensões tal qual essa. “Pelo que eu pesquisei, é normal que os filmes saiam com 1 mil cópias”, explica. “E como o (personagem) Lino é azarado, no fim de semana de estreia, houve uma nevasca enorme por lá e fez com que muita gente não fosse ao cinema. Ainda assim, se o filme seguir com essa força por mais duas ou três semanas, elevai chegar aos números do mercado brasileiro.”

Lino estreou no Brasil, em 7 de setembro, em 385 salas – e foi visto por 315 mil pessoas. Ainda assim, ao arrecadar mais de R$ 4 milhões em bilheteria, Lino é a maior animação da história do cinema brasileiro.

Criado em uma coprodução entre a StartAnima e a Fox Film Brasil, a animação vive uma sobrevida internacional ao ter seus direitos vendidos por uma distribuidora internacional chamada FilmSharks. Além de Rússia, a produção vai estrear na Turquia, Coreia do Sul e no Vietnã. “Estou ansioso para assistir ao trailer para o mercado vietnamita”, brinca Ribas.

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“O que era importante para a gente”, diz o diretor, “era mostrar que éramos capaz de produzir uma animação de qualidade e não necessariamente localizada. A visão comercial é importante para a gente”. Com isso, Ribas e sua equipe já trabalham com a ideia de levar o personagem – um rapaz, animador de festa infantil transformado em gato – a série de TV. “Estamos negociando com algumas emissoras. Isso vai acontecer.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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