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Festival seleciona filmes gravados com celular

Dedicado a curta-metragens de até 5 minutos, o festival Curta no Celular, realizado bianualmente em Taubaté (SP), aposta na popularidade de smartphones para tornar o cinema mais acessível. Na mostra, que chega à sua 4ª edição neste ano, iniciantes no mundo do audiovisual e estudantes de escolas públicas e particulares competem em uma única categoria, apresentando ficções, clipes e documentários. As inscrições já estão abertas no site festivalcurtanocelular.com.br, e a votação será realizada entre 1º de outubro e 1° novembro.

Fundador do festival, Fernando Ribeiro Ito conta que os smartphones estão no DNA do evento. “Quando estávamos criando o Curta, nos perguntamos: o que seria uma coisa democrática, que todo mundo poderia fazer? Nos veio à mente o celular, que todo mundo tem ou consegue emprestado”, diz.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), existem 230 milhões de smartphones em uso – mais do que um por pessoa. Para Ito, apesar da popularidade, o celular ainda não é aproveitado em toda sua potência. “É uma ferramenta poderosa, mas que as pessoas não sabem usar. Então, nossa ideia é provocar, estimular que essa tecnologia e outras sejam usadas no cinema.”

De 2013 para cá, 300 conteúdos filmados no celular foram inscritos no festival. Membro da curadoria, Paulo Cardoso explica que, na hora da seleção, a qualidade do roteiro prevalece sobre a da filmagem. “É uma forma de tornar a competição mais justa, já que nem todos têm o mesmo recurso para as produções”.

Para Ito, o festival oferece uma experiência maior do que apenas a publicação de conteúdos em plataformas como o YouTube. “No evento, os produtores são avaliados por um júri qualificado.”

Ao abrir espaço para iniciantes, o festival busca estimular novos talentos. De acordo com Ito, vencedores de edições anteriores já trabalham na área, em produtoras. Ele conta que escolas da região de Taubaté abraçaram o projeto. “O Curta é uma boa opção de conteúdo para os professores que precisam trabalhar em período integral com crianças e adolescentes”, explica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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