O Grupo Obragem de Teatro, a partir do dia 16 de Setembro,  realiza MOVE – MOSTRA DE SOLOS DE TEATRO E DANÇA que apresenta sete trabalhos de teatro e dança, com perfil investigativo e comprometimento com questões urgentes do nosso tempo, todos com entrada franca. A Mostra acontece no Espaço do Grupo até dia 25 de Outubro.

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  Participam da Mostra Move: Ainhoa Vidal e Pedro Gonçalves (Portugal); CiaSenhas de Teatro (Curitiba); Dezoito Zero Um – Companhia de Teatro (Curitiba); Marila Velloso (Curitiba) e ainda três trabalhos do Grupo Obragem (Curitiba);  Além dos solos serão realizadas oficinas de formação e intercâmbio artístico, com Ainhoa Vidal e Pedro Gonçalves e Georgette Fadel (São Paulo). O Grupo Obragem entende que fomentar iniciativas com ações que relacionam processo criativo, compartilhamento de informações, por meio de oficinas e a apresentação de espetáculos é de extrema importância para o crescimento cultural de um povo, pois mapeia a produção de importantes artistas e os relaciona, num processo dinamizado de troca.

Sobre as peças:

 Rosa Cão – Ainhoa Vidal E Pedro Gonçalves

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 Era uma vez a vida de uma mulher. Metade rosa, metade cão. Metade flora, metade animal. Metade controle, metade selvagem.

De equilíbrio precário, Rosa-Cão avançava pela vida mascarando a sua profunda natureza de animal-flor. Despida na solidão tocava o seu corpo com espinhas, ladridos, raízes e pegadas, percorrendo-se numa natureza delicada, forte, intempestiva, temperamental, vulcânica e bela. No universo da casa florescia, fora dela os seus opostos causavam a estranheza duma origem que só a permitia existir distanciada das estruturas sociais. Abraçou o seu mundo criando no interior das quatro paredes a natureza compacta do encontro selvagem.

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Esta peça é a entrada por uma janela a este seu universo.

 Billie – dezoito zero um – Cia. De teatro

O espetáculo relata a trajetória e a carreira da cantora Billie Holiday, ícone do jazz norte-americano, apropriando-se de duas biografias sobre a artista e tem como ponto de partida seus últimos anos de vida. Em cena, a personagem participa de suas últimas gravações, assombrada pelo fantasma do sucesso. O espetáculo traça um paralelo subjetivo entre a sua trajetória pessoal e sua visão como celebridade, remetendo às circunstâncias vivenciadas pela artista. Com Cássia Damasceno, Diego Fortes e Otávio Linhares. Texto e Direção Alexandre França.

 Homem Piano – uma instalação para a memória – Ciasenhas De Teatro

 O trabalho foi iniciado em 2008 no projeto “Narrativas Urbanas – interferências e contaminações”, no qual os atores investigavam fatos reais com repercussão na mídia. O ator Luiz Bertazzo pesquisou possibilidades de levar à cena a angústia de um Homem que perdeu a memória, viveu a ausência de identidade e começou a se comunicar com o mundo através do piano.

A pesquisa se transformou em espetáculo contemplado pelo prêmio Myriam Muniz. Em seu formato final, Homem Piano – uma instalação para a memória propõe a experiência da construção de memórias entre público e ator num espaço/instalação em que teatro, ficção e realidade se misturam. O público é conduzido pelo ator e convidado a recordar suas memórias e se quiser, ao final, poderá doá-las ao personagem.

Neste trabalho a experiência da recuperação das memórias contempla a construção do ontem que reverbera no hoje e nos projeta para o amanhã. No movimento entre lembrar ou esquecer sugerido no trajeto do espetáculo surgem questionamentos e inquietações silenciosas: “Devo lembrar ou esquecer do afeto que me causa saudade, lembrar ou esquecer daquela humilhação inconfessável?”.

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 As Tramoias De José Na Cidade Labiríntica – Grupo Obragem De Teatro

 Monólogo que apresenta a experiência de reinvenção e os sentimentos de vazio e inadequação de José, um homem errante nas ruas de uma grande cidade. O personagem José, interpretado pelo ator Eduardo Giacomini, reconfigura sua trajetória de vida, combinando ficções por ele arranjadas, aos seus insucessos. Ao refletir sobre momentos importantes de sua vida, como a perda de um grande amor, o abandono ou os seus sentimentos de vergonha e impotência, José discute situações de identificação com a nossa sociedade: A FOME; A SOLIDÃO; A INVISIBILIDADE e a PROMISCUIDADE, por exemplo.

Com mais de 120 apresentações desde a estreia, a peça recebeu o Troféu Gralha Azul – Prêmio de Teatro do Paraná 2012 nas categorias de melhor texto original, para Olga Nenevê e melhor iluminação, para Lucas Amado; além das indicações para cenário, para Eduardo Giacomini e trilha sonora, para Edith de Camargo.

Em 2014 a peça participou do Edital de Circulação do SESI-PR, sendo apresentada em mais de vinte cidades do Paraná. Em 2015 participou do FILO, na Mostra SESI de Teatro e do Edital de Difusão em Teatro da FCC.

 A Galinha Pim-Pim – Grupo Obragem De Teatro

Solo de teatro para crianças, com dramaturgia composta pela combinação de narração e ações. A peça apresenta a trajetória de PIM-PIM, uma divertida galinha, que é surpreendida pela alegria de botar um ovo. Mas, durante uma chuva forte, ele é roubado por uma terrível Raposa. Com coragem, PIM-PIM enfrenta muitos desafios para resgatar seu ovo e quando, finalmente, consegue encontrá-lo, ela vive a grande emoção de vê-lo nascer. Nessa aventura, PIM-PIM aprende que o AMOR pode transformar sua vida e ensinar um caminho para a felicidade.

 A peça estreou dia 28 de março de 2015, em Curitiba – PR/Mostra Especial Espaço Ave Lola – Festival de Teatro de Curitiba e participou do VI Festival de Teatro de Campo Largo.

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            l c t r – Marila Velloso

Estruturação coreográfica em tempo real: Marila Velloso.

Criação: Marila Velloso, Olga Nenevê, Lucas Amado, Vadeco.

 Colaboradores: Tomás Rezende, Renata Roel, André Rigatti, Cinthia Kunifas, Adriana Grecchi, Nicolas Miranda, Carla Vendramim.

 Sobre temporalidades, espaços heterotopicos e afetos da memória. Abalo sísmico. Intensificação sensorial.  Dentro-fora do presente pelo que invade como passado e futuro. Caber, dar formato, estruturar.

  Passio – Grupo Obragem De Teatro

 Passio apresenta o “deslocamento” de partes, de emoções e de pontos de vista de um corpo perturbado. O desequilíbrio como lugar de entendimento de si próprio e intensificação de desejos considera a alteração brusca de movimento, como uma forma de criação. Também, a vontade de gerar movimento no outro.

Passio em latim significa “paixão” e deriva da palavra “passus”, particípio passado de “parti”, ou seja, sofrer.

Como tornar físicas imagens que são sensórias?

Que corporalidade intercambiável pode surgir do contínuo processo de mutação, reação e convulsão?

Passio é a mais nova criação do Grupo Obragem, com estreia no projeto MOVE – mostra de solos de teatro e dança.

 Serviço:

MOVE – mostra de solos de teatro e dança

De 16/09 a 25/10/2015

No Espaço Do Grupo Obragem

(Al. Júlia da Costa, 204 – São Francisco 3077.0293)

Todas As Atividades São Gratuitas