Festival de música eletrônica atrai 15 mil

A dupla francesa Justice foi a grande atração da 9ª edição do Skol Beats, no Anhembi, em São Paulo, que reuniu cerca de 15 mil pessoas, entre a noite de sábado e a manhã de domingo. Foi apenas uma hora de show, mas o suficiente para sacudir o Anhembi logo a partir da primeira música, Waters of Nazareth. Outro destaque foi o holandês Armin van Buueren, eleito melhor DJ do planeta no ano passado.

Os franceses do Justice foram precedidos pelos brasileiros do Killer on The Dancefloor, o Montage e Mixhell, no qual o baterista Iggor Cavalera (ex-Sepultura, Cavalera Conspiracy) mostrou seu lado DJ ao lado da mulher, Layma Leyton, numa mistura de bateria e picape.

Quase um ano após cancelar sua vinda ao Brasil às vésperas de um show em São Paulo, o Digitalism finalmente se apresentou no País. Anunciada como uma das principais atrações do Skol Beats, a dupla alemã entrou no palco principal com meia hora de atraso. E apesar de toda a demora na instalação do cenário hi-tech, com telão e muitas luzes, o show morno não convenceu quem esperava desde as 3 horas da madrugada pelo começo do som. Jens Moelle e Ismail Tuefekci tocaram principalmente material do seu álbum de estréia, Idealism, e tiveram de se esforçar muito para animar a platéia.

Ao contrário dos franceses do Justice, que mal se moveram atrás da parede de amplificadores, o Digitalism levou a sério a idéia de que uma atitude roqueira pode tornar a música eletrônica mais interessante. Além de muitas das faixas de Idealism utilizarem guitarras pré-gravadas, a dupla usou instrumentos ao vivo e pulou muito sobre o palco para tentar espantar a falta de empolgação.

Tendas

Apesar de o Skol Beats ter sido marcado por muitas atrações que misturaram rock com música eletrônica, a maior parte da escalação ainda foi dedicada aos artistas que dispensam o som de guitarras. Como é de praxe no festival, as tendas continuaram sendo responsáveis pela maior concentração – e aperto – do público. Dubfire, metade da dupla de house Deep Dish foi o principal destaque da Tenda Skol – a mais distante do palco principal. Ao contrário do som que tornou seu antigo duo famoso, o DJ fugiu do lado mais pop da eletrônica. Tocou faixas hipnóticas e minimalistas, compassadas por bumbos em ritmo de bate-estaca. Dubfire tocou por cerca de duas horas e segurou o público firme até a última música. No mesmo local ainda se apresentaram o francês Agoria e os brasileiros Anderson Noise e Murphy – que encerrou a escalação por ali. Na Tenda Terra, dedicada à house, Miguel Migs foi o DJ mais esperado por aqueles que acompanham o gênero desde meados dos anos 80. Migs tocou para um público minguado, se comparado com o da Tenda Skol, mas fez a alegria de quem estava à procura de um som mais leve para aliviar a cabeça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.