Fenômeno de New Orleans, Trombone Shorty vem a SP

As coisas correm rápido para Trombone Shorty, mas velocidade é algo ao qual ele sempre esteve acostumado. Desde criança conhece os assoalhos do show biz: começou a tocar com a nata do jazz de New Orleans quando tinha menos de 10 anos (daí o apelido que carrega até hoje, ‘Shorty’, baixinho). Não que seja um veterano: tem apenas 24 anos, mas já ‘duelou’ com Wynton Marsalis, fez jams com os Neville Brothers e o Bonerama, foi paparicado por Stevie Wonder.

Há um ano, Trombone Shorty andava pelo mundo acompanhando Lenny Kravitz e, quando estava de volta à sua New Orleans natal, experimentava – na miúda – um novo coquetel de sons em clubes como o Tipitina’s e o House of Blues. Na usina musical de Shorty, rangia uma verdadeira simbiose de gêneros: bebop, funk, R&B, hard rock, hip-hop, soul, smooth jazz, brass-band songs, blues, ritmos afro-cubanos.

Este ano, o coquetel fermentou e Shorty agora está se desdobrando por aí: além de uma turnê mundial que o tem levado do Japão à Europa, tem de achar tempo para todo mundo que o requisita, do programa de TV de David Letterman aos críticos do New York Times. Isso não o incomoda, muito ao contrário. “Trabalhei minha vida inteira para isso”, disse ao Estado.

No dia 20, Trombone chega ao Brasil para participar do Bourbon Street Jazz Festival, no Bourbon Street, em São Paulo. Seu nome de batismo é Troy Andrews, e chega com sua big band, a Orleans Avenue, que contém guitarra e baixo elétricos, bateria, percussão, sax tenor. Shorty usa seu trombone como uma guitarra (toca também trompete, teclado e canta), e além do repertório do seu novo CD, “Backatown”, produzido por Ben Ellman, do famoso grupo Galactic. Lenny Kravitz canta na faixa “Something Beautiful”, e é um desafio dizer a que gênero pertence (pianista Allen Toussaint toca em “On Your Way Down”). Trombone Shorty é o novo fenômeno na terra de Louis Armstrong. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.