O Padre Fábio de Melo lança seu novo trabalha forçando os agudos. No meu interior tem Deus é o 16º CD/DVD de sua carreira. “Optei por gravar músicas sertanejas porque, além de fazer parte da minha vida, pois cresci ouvindo essas canções, elas pregam os valores antigos”, contou ele.

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O repertório inclui clássicos do sertanejo, como Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, Vida Marvada e Peão, de Almir Sater e Renato Teixeira. Já o mestre das sanfonas, Dominguinhos, participa como convidado especial nas faixas A Vida do Viajante e Calix Bento.

Esta não é a primeira vez que o padre usa a cultura popular para evangelizar. “Gosto de sair do discurso convencional, usar cenas de cinema, livros e músicas profanas na hora da pregação. Já me criticaram muito por isso, mas não faço para ser oportunista”, rebate.

Para o padre não importa o estilo e sim a mensagem de fé contida nas letras das músicas. “O próprio São Paulo fez isso na época dele, usando os meios sociais para atingir o grande público. Numa época em que temos várias mídias disponíveis, como música, livros, shows, não vejo porque não fazer uso delas.

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Vida de artista

Para quem critica o estilo do padre que exercendo a função de cantor/escritor leva vida de celebridade ele se defende. “Essa é uma questão controversa. Veja que o próprio padre da paróquia também fica conhecido, mesmo que naquela comunidade. No meu caso, a única diferença é que a mídia me evidencia mais”.

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Para não deixar o sucesso subir à cabeça e “manter o ego sob controle”, Padre Fábio procura manter uma vida simples. Mas sem esquecer de suas pequenas vaidades. “Tem gente que fala que academia não é lugar de padre, mas acho que é lugar para todo mundo. Faço pelo menos 30 minutos diários de exercício. Todos têm que cuidar da saúde, mas sem virar neurose”, ensina.