Fãs superam frio e chuva para se despedir de cantor

Dezenas de fãs enfrentaram o frio e a chuva para se despedir do cantor Emílio Santiago, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ele morreu ontem, aos 66 anos. Emílio estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, depois de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) no dia 7 de março. De acordo com o hospital, a morte foi às 6h30, após 13 dias de internação.

O velório foi aberto ao público. O enterro será hoje, no Memorial do Carmo. Alcione foi a primeira a se aproximar do corpo de Emílio Santiago, que está coberto por uma bandeira do Botafogo e outra da Mangueira. Chorando muito, ela fez uma oração e precisou ser amparada pelas irmãs. Ao deixar o local, a cantora falou sobre o amigo. “Tem horas em que eu me sinto viúva do Emílio, nós éramos uma família. Ele era um grande irmão, amigo e grande cantor desse país. Perdemos uma voz. Agora o Brasil ficou sem voz. Só temos o Cauby Peixoto”, disse.

Marília Pêra, Marcos Valle, Nana Caymmi, Elba Ramalho, Fagner, Mart’nália e Zezé Motta também estiveram no velório.

Carreira

Emílio Santiago começou a cantar em festivais universitários na década de 1970. Participou do programa de calouros de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi, e foi crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de fazer apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas.

Ficou conhecido do grande público com o projeto “Aquarela Brasileira”, iniciado em 1988, com sete volumes dedicados à música popular brasileira. O último disco lançado por Emílio Santiago foi “Só danço samba (ao vivo)”, lançado em 2012, junto com um DVD. Antes do AVC, ele estava em turnê, com shows marcados para Rio de Janeiro e Campinas.

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