Família paulistana move ação de usucapião para preservar Aleijadinho

No bicentenário de morte do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), uma curiosa ação judicial marca posição contra a caça às obras do artista mineiro em poder de colecionadores particulares, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais. O advogado Pedro Mastrobuono associou-se ao escritório jurídico Opice, Seixas e Périssé e acaba de ingressar com a primeira ação de usucapião envolvendo imagens de Aleijadinho.

São duas esculturas de madeira que integram o catálogo geral de sua obra, organizado pelo especialista Márcio Jardim, ambas reproduzidas nesta página. À esquerda está a imagem de São Francisco de Paula, atribuída à quarta fase (maturidade plena) da produção do artista (entre 1781 e 1790). A obra da direita representa São Domingos de Gusmão, igualmente atribuída ao mesmo período. As duas são propriedade da família Arena, de São Paulo, que pretende ceder a primeira, em comodato, ao Museu de Arte Sacra.

“Elas foram compradas e estão com minha família há 40 anos”, diz o arquiteto Luiz Arena, que quer garantir o direito de propriedade das obras antes da sua exposição pública.

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