Estreiam, em São Paulo, os monólogos ‘As Benevolentes’ e ‘Memórias de Adriano’

Duas obras publicadas originalmente na França inspiram dois instigantes monólogos que estreiam em São Paulo: As Benevolentes, baseado no caudaloso livro de Jonathan Littell, chega nesta quinta, 21, ao teatro Arthur Rubinstein, no Clube A Hebraica, e Memórias de Adriano, autobiografia imaginária sobre o imperador romano publicada em 1951 por Marguerite Yourcenar (1903-1987), inicia temporada nesta sexta-feira, 22, no Centro Cultural São Paulo.

Vencedor do prêmio Goncourt de 2006, As Benevolentes traz um vilão, ex-carrasco nazista, cuja maior crueldade é a frieza e o distanciamento com que relembra as atrocidades que praticou. “A peça mostra o funcionamento da crueldade humana”, conta o diretor Ulysses Cruz. “O protagonista, Max Aue, nos mostra como o horror nasce e se espalha pelo cotidiano.”

Já Memórias de Adriano marca os 30 anos de carreira do ator Luciano Chirolli. No papel do imperador romano, ele busca estabelecer um diálogo direto com a escritora Marguerite Yourcenar, no sentido de repetir sua experiência de tentar entender as contradições do imperador. “O livro, entre muitos temas importantes que dizem respeito ao nosso tempo, como o vandalismo, trata sobretudo da impossibilidade de unir prazer e afeto”, comenta ainda Chirolli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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