Durante sua vida, Chico Xavier atraiu milhares de pessoas para a Casa das Preces, instituição espírita fundada por ele em Uberaba (MG). E apesar de ser sempre lembrado por sua humildade, talvez o médium, que completaria amanhã 101 anos, se deslumbrasse com outra multidão. No ano passado, quase 7,5 milhões de espectadores lotaram os cinemas nacionais para ver os filmes “Chico Xavier”, que mostra a vida do mineiro, e “Nosso Lar”, adaptação de seu livro de maior sucesso – supostamente uma psicografia ditada pelo espírito de André Luiz. Agora, com o objetivo de encerrar uma espécie de trilogia, chega hoje aos cinemas do País, com mais de 300 cópias, “As Mães de Chico Xavier”.

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Com direção de Glauber Filho, (o mesmo de “Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito”, de 2008, produção que impulsionou a leva de obras do gênero espírita no cinema), e Halder Gomes, o filme é baseado no livro “Por Trás do Véu de Ísis”, do jornalista e escritor Marcel Souto Maior, também autor de “As Vidas de Chico Xavier”, obra que inspirou Daniel Filho a dirigir a cinebiografia do mineiro.

“As Mães de Chico Xavier” acompanha a vida de três mulheres: Ruth (Via Negromonte), cujo filho está envolvido com drogas; Elisa (Vanessa Gerbelli), mãe de um menino de 5 anos, que está afastada do marido, e Lara (Tainá Müller), que descobre estar grávida, mas que, depois de ser abandonada pelo namorado, não sabe se quer mesmo ter o bebê. Paralelamente aos acontecimentos que envolvem as três mulheres, entra em cena Karl (Caio Blat), uma referência ao autor do livro, um jornalista incumbido da missão de entrevistar Chico Xavier e entender a movimentação na Casa da Prece.

Halder Gomes destaca o ar de continuidade que as produções apresentam. “Involuntariamente, esse longa fecha a trilogia do centenário do Chico Xavier. É um grande motivo para as pessoas voltarem ao cinema”, diz.

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Mas se o foco nas correspondências supostamente psicografadas por Chico Xavier pode ser novidade, o rosto que o personagem traz nesta produção é o mesmo do longa anterior. Depois de interpretar o médium em “Chico Xavier”, Nelson Xavier volta a fazer o papel. Glauber Filho afirma que a escolha foi feita intuitivamente e não por conta do sucesso da cinebiografia. “Hoje, não sei dizer o motivo, mas não consegui pensar em outro ator. E também não acho que deveria ter procurado apenas porque ele havia feito o filme do Daniel (Filho)”, afirma. Com um orçamento de R$ 3,8 milhões, a obra foi rodada no Ceará e em Minas Gerais. As informações são do Jornal da Tarde.