Traços ambíguos entre linha e cor descrevem o trabalho da artista plástica paranaense Estela Sandrini, que inaugura no próximo dia 19 a mostra Memoria del Color, em Assunção, Paraguai. A exposição com 31 obras em óleo sobre tela, nasceu de um convite da Embaixada do Brasil, que sediará a mostra. As peças relatam a mudança sofrida nos trabalhos da artista, que agora apresentam cores mais fortes em formas mais diluídas.
Estela produz há 43 anos e, ao longo desse período, já participou de 410 exposições no Brasil e no exterior. Seus trabalhos, que retratam as mulheres e os objetos da casa (potes, mesas, cadeiras, puxadores de gavetas), nas confusões do dia-a-dia, das tarefas e do mundo da família, já passaram por Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. No Exterior, participou de 31 exposições em diversas cidades dos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Ucrânia e Espanha. Dos 14 acervos fixos, 11 encontram-se em museus do Brasil, e os outros, nas cidades americanas de Washington DC e Baltimore.
Graduada em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Estela Sandrini sofreu, na primeira fase de seu trabalho, influência do escultor argentino Juan Carlo Labourdette, quando morou por dois anos em Buenos Aires. Os trabalhos desta fase abrangiam as técnicas artísticas de resina de poliéster, ferro, pedra e fundição.