Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias
Bruna Di Tullio.

Era para ser uma participação de três capítulos. Mas Viviane, personagem de Bruna Di Tullio em Paraíso tropical rendeu boas histórias e continua na novela de Gilberto Braga por tempo indeterminado. A patricinha, que é namorada de fachada do mau-caráter Olavo, é a primeira experiência da atriz em uma novela das oito. E apesar de ser um papel pequeno, já proporcionou a Bruna viver situações engraçadas nas ruas. ?Outro dia, em uma loja, uma moça veio me perguntar se eu também chamava o meu namorado de pudim?, conta ela, aos risos, fazendo alusão ao apelido que deu ao personagem de Wagner Moura no folhetim.  

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Bruna confessa uma tática curiosa em relação ao atual trabalho. Na história, sua personagem é traída pelo namorado executivo que mantém uma apimentada relação com a prostituta Bebel, de Camila Pitanga. Sonsa na ficção, ela também prefere fechar os olhos para a situação como telespectadora. ?Até por não gravar todos os dias, assisto à novela para pegar o tom. Mas as cenas entre a Bebel e o Olavo eu prefiro não ver?, diz.

A atriz não esconde a satisfação por ter sua participação prorrogada na trama, mas por outro lado mostra-se bastante cautelosa com a boa chance que está tendo na tevê. Ela diz que a tranqüilidade para encarar uma oportunidade no horário nobre veio com o tempo e com a prática. ?Quando a gente começa na profissão, acha que basta a técnica para atuar. Mas depois de um tempo, é fácil perceber que o que ajuda é a experiência?, analisa, ao emendar que atualmente já consegue conter a ansiedade antes de iniciar um novo projeto.

Foi aos 18 anos que Bruna começou a levar a sério o desejo de se tornar atriz. ?Antes disso era impossível, pois meu pai era totalmente contra?, afirma. Natural de Campinas, interior de São Paulo, mudou-se para a capital do Estado e pouco depois para o Chile, para fazer uma campanha publicitária para a Coca-Cola. De lá transferiu-se para o México, onde começou a levar a sério as aulas de teatro. Na volta para o Brasil, quando já estava prestes a se formar, fez uma propaganda como sereia da Skol e se tornou mais popular. Com a experiência rápida e curta como modelo, ela afirma nem ter dado tempo de sentir o preconceito tão comum nesses casos. ?As duas carreiras aconteceram paralelamente. Quando apareci no comercial da cerveja, já estava com um espetáculo em cartaz?, explica.

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Com uma trajetória discreta na tevê – antes de Paraíso tropical, Bruna encarnou Madalena em Alma gêmea – a atriz tem se destacado consideravelmente no cinema. Depois de ganhar um prêmio na França pela sua atuação no curta-metragem O segredo, em que contracenou com Murilo Rosa, ela filmou O mistério da Estrada de Sintra, em Portugal. No longa, que já estreou na Europa e deve chegar ao Brasil no final de 2007, Bruna interpreta uma condessa que trai seu marido depois de se apaixonar por um inglês e escandaliza a sociedade da época.

Mas a experiência em produções internacionais não pára por aí. A moça já está escalada para participar de uma produção indiana, ainda em fase de pré-produção. Em Tamarindo, Bruna viverá a namorada de um indiano que vive no Brasil mas, ao retornar para o país de origem, se apaixona por uma conterrânea. ?O longa trata das diferenças culturais entre os dois países. Só é uma pena eu não ir para a Índia, pois só vou participar das cenas que são rodadas por aqui?, lamenta. Projetos bem audaciosos para a atriz que tem apenas 25 anos, mas que não espera as oportunidades caírem do céu. ?Não espero um trabalho acabar para batalhar por outro?, enfatiza.

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