Enfim clássicos, coletâneas e afins

A produção dos compositores nacionais não anda lá essas coisas. Em termos internacionais, nada de novo no fronte. Tanto aqui como lá fora, o que se ouve são os repetitivos axés e seu Tchans, pagodinhos e sertanejos desesperados por amor. Comapre isso com os N’syncs e as Britneys Spears da vida. Talvez seja por isso que grandes gravadores tenham se concentrado nos últimos meses em lançar coletâneas, muitas vezes apenas uma maneira de aumentar o faturamento com discos também repetitivos.

Não neste caso de Melhores Momentos de Chico e Caetano e de Amor Boleros da Som Livre. Para quem não sabe, Chico e Caetano já apresentaram um programa juntos em meados dos anos 80. Desses de auditório, trazendo convidados e cantando com amigos diversos arranjos improvisados. Supimpa. Neste álbum gravado ao vivo, pode-se ouvir Adios Nonino de Piazzola, um dos clássicos argentinos, Luz Negra com Cazuza, Águas de Março com Tom Jobim, Chico e Caetano e Merda com Caetano Chico, Rita Lee e Luís Caldas.

Outro CD importante é Amor e Boleros. O bolero nasceu em 1885 e os entendidos costumam chamá-lo de avô dos ritmos. Ok, novas gerações não gostam do estilo. Não gostam porque não ouviram ou porque seus pais e/ou avós não sugeriram ou não explicaram do que se trata, isto é, o clima, a atmosfera, o romance, a paixão, a dança colada no corpo e a troca de confidências.

Numa casa de boa família, não importa quantas ou quais gerações estejam presentes, não pode faltar La Barca com Luís Miguel, Solamente Una Vez com Nana Caymmi e Quizas Quizas Quizas com Santo Morales.

Resta esperar apenas que as gravadoras entendam um pouco o mercado e a situação brasileira e não coloquem os preços desses CDs a níveis estratosféricos.

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