Ele é considerado por muitos críticos importantes como uma das novas caras da música brasileira. Mesmo não estando no topo das paradas nas rádios, mas ainda assim conquistando um grande espaço entre os admiradores da boa música, Silva carrega consigo um dom incrível e consagra milhões de ouvintes mensais nas plataformas digitais. Com sua simplicidade, o cantor, que se apresenta neste sábado (13) na Ópera de Arame, em Curitiba, conversou com a Tribuna do Paraná e revelou estar em seu melhor momento.
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“Acho que tem uma série de fatores que me fazem acreditar que nisso, até porque tenho muito carinho pelas minhas fases anteriores e consigo enxergar bem minha evolução. Mas estou numa fase que, comercialmente falando, minha carreira ganhou tamanho e repercussão maiores”, avaliou.
Segundo o cantor, as parcerias que fez, como a música Fica Tudo Bem, com Anitta (abaixo), e um álbum regravando músicas de Marisa Monte, fizeram com que as atenções se voltassem a ele. “Vi que isso tudo atraiu o olhar das pessoas para o meu trabalho. Mas hoje eu olho para o meu trabalho e digo que realmente consegui imprimir minha personalidade nesse novo disco, nessa nova turnê”.
Brasileiro mesmo
Ser considerado como ‘a nova cara da MPB’ é um título visto com muita humildade pelo cantor, que disse não permitir que isso lhe faça pensar que está acima de tudo e todos. “Como músico fico muito feliz em ouvir que sou a renovação da MPB, mas cuido para que isso não seja um peso, sabe? A parte mais legal é você ser/fazer o que está sentindo, ser parte do que é a música brasileira, que é muito rica e deveria continuar sendo respeitada lá fora como era antes”.
A nova turnê leva o nome de Brasileiro, e faz parte de um disco que leva o mesmo nome. Segundo Silva, o convívio com Marisa Monte, para o disco anterior, fez com que aguçasse nele o sentido de ser brasileiro e de fazer música brasileira. “Acho que as pessoas precisam conhecer a história do país, da música, da nossa cultura e eu, como músico, me obrigo a isso, porque é essa a contribuição que quero dar. Quero ser um músico brasileiro e não quero simular uma cultura internacional que não é minha, por isso luto pela nossa raiz, fazendo do meu jeito, mas sendo brasileiro, capixaba”, explicou o cantor, que é de Vitória, no Espirito Santo.
Feliz em poder vir a Curitiba depois de quatro anos sem se apresentar por aqui, Silva revelou que a cidade é um lugar que sempre admirou, pois conheceu através de sua família, com muitos músicos. “Minha mãe, que é da música erudita, me ensinou e mostrou a importância que a cidade tem. Isso tudo sem contar que o show vai ser na Ópera de Arame, um lugar lindo, que eu já visitei e pra mim vai ser uma honra gigante”.
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A paz da música
No atual momento, Silva se mostrou sem muitas esperanças de que o país melhore politicamente falando, mas disse que o importante é não perdermos a esperança. “Estamos num momento muito difícil, é complicado até falar de amor e coisas alegres num momento como esse. Estamos num momento de muito ódio e isso me deixa muito preocupado, mas o jeito é não parar de lutar, não parar de acreditar, embora estejamos num momento de pouca esperança, temos que continuar acreditando no Brasil”.
Para ele, que é considerado pelos críticos como um ‘ser de luz‘ e visto pelos fãs como a representação física do amor, o show em Curitiba vai servir para as pessoas se sensibilizarem e esquecerem um pouco dos problemas. “A música sensibiliza, humaniza as pessoas. Acredito nesse poder da energia boa que a música pode causar e é isso que posso contribuir nesse momento porque de resto não sei nem o que dizer”.
O show de Silva está programado para 21h. Os ingressos ainda estão disponíveis e custam a partir de R$ 32. A venda é pelo site Eventbrite.
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