Talento antigo

Em novo show, Marisa Orth canta o amor de forma leve e divertida

Marisa Orth em novo show com sua banda.
Marisa Orth em novo show com sua banda.

O bom humor e o jeito leve de Marisa Orth à frente das câmeras se repete na vida real. Engraçada, a atriz e cantora não consegue ser duas pessoas diferentes. Para ela, uma acaba sendo a extensão da outra. A maneira descontraída de ver a vida também se aplica à música, ao teatro e à televisão. “É muito difícil, pelo menos para mim, separar as coisas. Está tudo atrelado. No meu show, por exemplo, têm música, stand up e pequenas cenas que falam sobre um tema comum a todos: o romance.”

Aos 52 anos, Marisa, que fez parte das bandas Luni, nos anos 1980, e Vexame, entre 1989 e 2007, estreia em São Paulo o show Romance Volume III – Agora Vai!. A apresentação faz uma viagem musical por dolorosas a apaixonantes histórias de amor, com um repertório que vai de Caetano Veloso a Donna Summer. “Embora eu tenha uma carreira musical de longa data, muita gente não conhece meu trabalho como cantora. Ainda tem preconceito no Brasil em relação a atrizes que cantam. Sempre me perguntam: afinal, você é atriz ou cantora? Que saco! Por que não posso ser as duas coisas?”, brinca.

Talento desconhecido

“As pessoas, principalmente os mais jovens, não sabem que tudo na minha vida começou com a música. Integrei o Luni, nos anos 1980, e Vexame, entre 1989 e 2007. O Vexame, por sinal, fez a primeira abordagem da chamada música brega no Brasil. Foi um baita sucesso. Ficamos 15 anos na estrada fazendo shows. Quando você começa a trabalhar na televisão, passa a fazer novela e coisa e tal, o seu trabalho fica mais em evidência. Eu sempre tive uma agenda de shows cheia. Ele é fundamental para a música. Primeiro, eu faço o show, depois, se der certo, gravo o disco. Sempre foi assim, em todos os projetos que participei. Não sou uma musicista, mas uma intérprete.”, diz Marisa.

E a Magda?

“A Magda mudou minha vida, me deu status e sucesso e deixou meu lugar reservado no coração do povo brasileiro. Fico muito feliz de ter vivido uma personagem assim. O “cala boca, Magda” virou adjetivo. Daí vem o desafio de implantar uma coisa que seja diferente da Magda. Mas eu confio no meu taco. Consegui fazer isso com o tempo. Até hoje, eu fico impressionada com a popularidade dela. A Magda era muito burra e isso, de certa forma, deixava as pessoas mais aliviadas em relação à própria inteligência.

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