Em carreira solo, Di Ferrero se descobre um artista completo e ainda mais fã de música

Foto: Rodrigo Cunha/Tribuna do Paraná.

Quando saiu em carreira solo, ele jamais imaginou o quanto sua vida profissional mudaria e seguiria um rumo diferente do que estava acostumado. Sair da zona de conforto fez com que Di Ferrero se descobrisse um artista completo e versátil, o que só poderia surtir em bons frutos. Para fechar seu segundo ano de muito trabalho, o cantor não poderia fazer diferente: mais lançamentos vão vir e um projeto musical que quer percorrer o país de um jeito leve como ele tem feito até agora.

Seu primeiro lançamento veio em 2018 e desde então ele não parou. Mas Di Ferrero contou à Tribuna do Paraná, onde esteve nesta segunda-feira (9) em sua passagem por Curitiba, que não foi tão fácil no começo. “Para ser sincero eu tinha planos, mas a carreira foi para outro caminho que eu não imaginava que seria desse jeito. Estou muito feliz agora, porque as pessoas já entenderam que estou numa carreira solo, que está tudo certo, não é mais aquela coisa de pedir para voltar, superamos isso. Isso é muito incrível”, avaliou ele.

+Leia também: ‘Foi o show mais feliz da minha vida’, declara Anitta após se apresentar no Rio

O cantor, que se mostrou um músico ainda mais completo, disse que quando começou estava com a cabeça em apenas lançar um álbum solo e ver no que daria. “Mas veio tanta coisa junto, participei de coisas que eu ainda não tinha experimentado, como o Show dos Famosos [do Faustão], apresentei o Rock In Rio e vi tudo por um lado que ainda não tinha visto, lancei o álbum, fiz um monte de música. Foi um processo que, para ser sincero, não sabia se as pessoas iriam curtir, mas vi que foi bem diferente do que imaginei”.

Quando lançou seu primeiro single, ‘Sentença’, ele percebeu o que estava acontecendo. “Vi que a galera curtiu mais do que eu achava. Muita gente que curtia no tempo do NX e tinha parado de ouvir voltou e começou a seguir meu novo trabalho. Isso sem contar a renovação do público também: neste final de semana, em Curitiba, percebi o quanto ter participado de novas coisas me trouxe gente nova. É a parte mais incrível”. Veja a entrevista completa:

Di Ferrero, ex-vocalista do NX Zero, está em nossa redação. Vem ver o papo!

Posted by Tribuna do Paraná on Monday, December 9, 2019

Abriu os horizontes

Com um som diferente do que fazia antes, aberto às possibilidades que a música pode lhe trazer agora, Di Ferrero inovou. Achou sua própria forma de enxergar música e, ao mesmo tempo, entendeu o quanto as colaborações com novos artistas poderiam lhe acrescentar. “E isso me trouxe muita coisa. Quando faço uma música com alguém, com essas pessoas eu crio um elo. Pra mim é muito profundo, crio mesmo uma ligação, a gente fez um som junto, não gosto dessa coisa de só mandar, cada um fazer o seu e pronto. Gosto de conhecer a pessoa, entender o trabalho dessa pessoa e isso me acrescentou muito pessoalmente também. Essa troca é algo que eu não vivia antes, porque era diferente, eu fazia com as mesmas pessoas a música”, definiu.

Ao mesmo tempo em que surgiu um “novo Di Ferrero”, ele também entendeu o quanto sua visão de música pode ir além do que imaginava antes.  “Mudou muito. Falando de estilos, onde eu posso chegar e o que eu posso fazer, é muita coisa. Hoje só dependo de mim. Entender o que eu posso fazer, que vai muito além da música simplesmente, foi o que mais me mostrou o quanto eu estava seguindo. O que eu busco é manter uma essência, então dentro disso eu posso fazer o que eu quiser, mantendo minha personalidade, que é ser eu mesmo em qualquer lugar sem me influenciar por modismos. Assim dá para ir longe”.

+Leia mais: ‘Renascendo’, diz Gloria Maria sobre cirurgia no cérebro

Di Ferrero disse já ter observado que muitos artistas ficam “reféns” de um certo tipo de trabalho e ter saído em carreira solo foi a mesma sensação de quando estamos há anos desenvolvendo uma função e saímos disso. “Tem gente que fica presa a um tipo de som, de um texto que tem que falar. Outros às vezes fazem o que está na moda porque ‘tá rolando’, mas o que eu penso é que temos que achar um meio termo, descobrir qual é a espinha dorsal do nosso trabalho. É legal a linguagem de agora, do eletrônico misturado com tudo, todo mundo ouve tudo, mas dentro desse mundo inteiro, quem é você? Não dá para ser todo mundo. Penso que dá para eu fazer tudo sendo eu mesmo, mas também não dá para fazer de qualquer jeito só porque está na moda”.

Foto: Rodrigo Cunha/Tribuna do Paraná.

Novos projetos

Neste ano, Di Ferrero lançou a primeira parte de ‘Sinais’, que foi dividido em dois e serviu para, também, mostrar o quanto amadureceu como músico. Este projeto, que trouxe várias colaborações junto com o que foi composto por ele mesmo, continua no ano que vem, com o lançamento da parte dois. A segunda etapa do projeto, inclusive, deve vir com mais uma quebra de barreiras e a junção do som de Di Ferrero com o de Iza, numa parceria diferente.

Mas, como qualquer cantor que se vê com vontade de trabalhar, ele não para por aí: com exclusividade, Di Ferrero anunciou que o projeto que gravou no Rio de Janeiro, no Morro da Urca, uma espécie de festa com um som mais leve e uma pegada diferente, vai percorrer o país. “É uma festa que estou chamando de ‘Sinais Sessions’ e que vai ser irada. Estou começando a falar agora, aqui pela primeira vez, inclusive. O plano é vir a Curitiba logo no ano que vem, ainda sem data, mas vai ser breve”.

+Viu essa? Ludmilla ironiza proposta de deputado contra música: ‘vou plantar mandioca’, diz

Junto disso, o que foi gravado no RJ também vai ser lançado, a começar por esta semana, na sexta-feira (13). “Lanço ‘Bilhete’, uma versão que eu fiz com Samir Rachid, e ‘Outra Dose’, tudo que foi gravado ao vivo no Morro da Urca. Depois vou lançar outras músicas em pílulas. Tem música com Vitão, com o Tales do Maneva, e continuo com lançamentos sem parar até chegar a parte 2 do projeto ‘Sinais’, no ano que vem”. Além disso, Di também gravou o clipe de uma das músicas da primeira parte de seu álbum, que deve ser lançado em breve. “Outra Dose é uma música que vou trabalhar, pois tem muito a ver com o verão, muito pra cima”.

Foto: Rodrigo Cunha/Tribuna do Paraná.