Em busca da essência

Depois de ter passado pela Globo e pela Record, Cláudio Fontana compara o trabalho no SBT com a experiência de morar em uma cidade pequena. O ator, que interpreta o Gilson, um catador de papel de Seus Olhos, acredita que em nenhuma outra emissora de tevê encontraria tanta facilidade de relacionamento pessoal. “Aqui, a gente entra na sala do diretor como se estivesse na sala de um amigo. Essa liberdade é muito importante para o ator”, elogia. Para ele, o segredo de uma boa novela está justamente no bom relacionamento com a equipe técnica. “O trabalho do ator atrás da câmara é fazer amizades. É isso que fica quando acaba uma novela”, opina.

Fora da telinha, no entanto, Cláudio não se limitou a fazer boas amizades. Assim que leu a sinopse da novela, foi conhecer o trabalho de antigos catadores de rua que montaram uma cooperativa. “Eu não sabia como funcionava uma cooperativa e fiquei impressionado com a força da comunidade”, conta. Na opinião do ator, o espírito empreendedor de Gilson mostra ao público que, se um vizinho se unir ao outro, é possível melhorar a vida de um grupo. “Através da união, pode-se melhorar a vida de um bairro, sem esperar ajuda do governo. Basta arregaçar as mangas e correr atrás do seu ganha-pão”, discursa.

Nome:

Cláudio de Toledo Fontana.

Nascimento:

Em 3 de julho de 1962, em São Paulo.

Primeira aparição na tevê:

A novela Deus nos Acuda, em 1992.

Momento marcante:

A peça Guerra Santa. “O elenco foi representar o Brasil com esse espetáculo em Londres. Representei um personagem em inglês que teve direito até a sotaque britânico”, ri.

Ao que gosta de assistir na tevê:

Programas de humor.

Ao que não assistiria:

“Programas de pegadinhas que põem atores fingindo que são pessoas comuns”.

O que falta na tevê:

Programação cultural.

O que gostaria que fosse reprisado:

Minisséries. “São os melhores produtos de teledramaturgia.”

Livro de cabeceira:

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.

Filme:

As Horas, de Stephen Daldry.

Ator:

Paulo Autran.

Atriz:

Walderez de Barros.

Cantor:

Lulu Santos.

Cantora:

Ivete Sangalo.

Qualidade:

“Sou realista, bem pé no chão”.

Defeito:

“Sou perfeccionista demais”.

Se não fosse ator seria:

Bailarino.

Mania:

“A gente nunca admite”.

Vexame:

“Quando eu ainda fazia teatro amador, esqueci o texto em cena, saí e fui olhar no camarim. Ainda deixei a atriz sozinha no palco”, diverte-se.

Projeto para o futuro:

“Produzir um espetáculo com Paulo Autran”.

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