Na Ópera de Arame

Curitibanos revivem momentos importantes do grupo Mamonas Assassinas

Com um frio de menos de 10°C, a Ópera de Arame recebeu no último final de semana os meninos de O Musical Mamonas, que conta a história da banda Mamonas Assassinas. Em pouco mais de duas horas, o espetáculo contou partes marcantes da história dos meninos que morreram numa tragédia aérea no momento em que estavam nos holofotes.

Quem foi ao musical pensando em ver somente uma reprodução de um show ou de parte da história dos meninos de Guarulhos (SP), pode até ter se decepcionado ou saiu surpreso. Voltando no tempo, a montagem conta sobre como foi o começo dos meninos para que pudessem chegar ao sucesso.

Foto: Lucas Sarzi.
Foto: Lucas Sarzi.

Mesmo não tratando da morte em si, o musical faz uma alusão com o céu. A ordem para que a banda volte a Terra vem do anjo Gabriel, porque o Brasil está muito careta. Nessa referência ao destino que todos acreditam ir quando morrem aliada à trajetória dos meninos, o musical consegue passar em detalhes o que a banda sentiu em alguns momentos difíceis e como os meninos estavam antes de ficarem para a história da música brasileira.

O sucesso dos Mamonas Assassinas é representado também pela disputa de audiência entre Faustão e Gugu. As cenas, consideradas arrastadas pela crítica, prendem o público. O musical poderia até ter um tempo reduzido de duração, mas a história talvez não teria o mesmo efeito se contada de forma mais curta.

A “cereja do bolo” são os protagonistas, que verdadeiramente incorporam os personagens e passam realmente a imagem de como eram os meninos. Destaque do musical é Ruy Brissac, que interpreta Dinho, pela atuação e trejeitos que conseguiu reproduzir, fazendo com que a semelhança com o vocalista do grupo seja mais um fator positivo e não o principal.

Entrevista

Antes de subirem ao palco, os protagonistas do musical conversaram com a equipe da Tribuna do Paraná. Veja a entrevista (animada) completa: