Curitibanos aliam bossa nova ao rock inglês com originalidade

Oscilando entre a MPB e o indie dos anos 80 e 90, os curitibanos do Tangerines and Elephants (TAE) mostram vigor e ousadia em seu single de estreia, “Bunch of grapes”, lançando recentemente. O tom suave da herança brasileira ganha peso com a influência do rock progressivo e psicodélico, isso tudo aliado à pungência e ironia das letras.

O TAE, combinando a bateria de Jean Cazuni, os vocais e guitarras inglesas de Argos Carneiro, e a produção de Matheus Duarte, que comandou o baixo durante as gravações, faz uma verdadeira colagem de sons e influências, construindo um quebra-cabeça atemporal da música.

“Também pode ser visto como um progressivo de quem não sabe fazer progressivo”, afirma, Argos enchendo a boca de ironia. Como b-side, a banda escolheu a canção “10”, que com sua letra também em inglês, tem um arranjo que lembra os movimentos mais rápidos do Belle & Sebastian.

Sem se preocupar com estilos, o TAE faz um som moderno com respeito às raízes e uma homenagem às influências.