A prática de “perder” livros em locais públicos para que possam ser encontrados e lidos por outras pessoas – o chamado Book Crossing, que existe nos Estados Unidos desde 2001 -, ganhou em Curitiba, um grande aliado.
É que o projeto Livro para voar está, que está acontecendo na capital paranaense, incentiva a troca de livros e tem o objetivo de transformar a cidade em uma grande biblioteca ao ar livre.
“Este é só um início, para incentivar que outras pessoas também façam o mesmo”, explica o porta-voz do projeto em Curitiba, Maurício Araújo. Segundo ele, muitas pessoas gostaram da idéia e a aceitação tem sido “excelente”.
Araújo conta que até já houve uma doação espontânea de 25 livros ao projeto. “É um sinal que as pessoas já entenderam o objetivo da idéia, que é incentivar a leitura. Grande parte dos livros já está ‘voando’”, completa.
Inicialmente, o projeto conseguiu disponibilizar, em Curitiba e Colombo, 250 livros para serem distribuídos em cinco pontos diferentes, que ficam em postos de uma rede distribuidora de combustíveis.
Depois de encontrados e lidos, os livros – que contém uma etiqueta com um código na contracapa, que permite o seu rastreamento – podem ser “libertados”, ou seja, deixados pelo leitor em qualquer local público, para que outra pessoa continue a corrente.
Ao encontrar um livro do projeto, identificado por uma etiqueta, as pessoas podem acessar o site www.livroparavoar.com.br, fazer um cadastro gratuito e clicar no link “Achei um livro”.
Em seguida, é só digitar um código impresso na etiqueta para ver de onde veio o livro. Depois de ler, a pessoa pode voltar ao site, escrever sua opinião e avisar onde pretende libertar o seu exemplar. Com o código em mãos, ela pode também acompanhar a viagem da obra.
Em todo o Brasil, a rede de postos que patrocina o projeto disponibilizou 6,75 mil livros, em cidades como Natal, Belo Horizonte, São Paulo, Vitória e Rio de Janeiro. Com a doação, o projeto espera que o Brasil, atualmente no 19.º lugar do ranking mundial do site do movimento, com apenas 133 livros trocados, pule para o segundo lugar, à frente do do Reino Unido – que tem 6,2 mil livros libertados.
O primeiro lugar é dos Estados Unidos, que contabiliza 13,75 mil livros. Em Curitiba, os pontos de troca estão nos postos da Ale nas ruas Salgado Filho, Augusto Stresser, Desembargador Hugo Simas e Mário Tourinho. Há também um ponto em Colombo.