Curiosidades do São João Batista

Na disciplina de história, os estudantes da Escola Estadual Professora Terezinha Elisabete Kepp, turno matutino, foram estimulados a pesquisar o cotidiano de outrora do bairro São João Batista, em Almirante Tamandaré, onde está localizada a escola. Vejamos o resultado.

As estudantes Ariana dos Santos, Hélida de Assunção, Elen Bedin, Janaina de Góis e Jucimara de Florêncio entrevistaram Sebastião de Andrade. Ele informou que o trabalho comum era capinar e que na hora do almoço comia-se o virado de torresmo. No lanche, tinha farofa com chá de aipo (erva). Segundo Avelino Barbosa de Almeida, seu Velico, que contatou as estudantes Bruna Parnanguara, Lúcia Vasconcelos, Fabiele Faria, Ana de Lima e Janaina Carvalho, o sabão era produzido a partir da barrigada e banha do porco.

Seu Velico também conversou com os alunos Bruna Lima, Gleisi Camargo, Agnaldo Lara, Fábio Paske e Sérgio Rodrigues, e disse que as mulheres usavam bonitos vestidos bordados. Mas Janaina Miranda conta que muitas pessoas, por serem pobres, não podiam comprar roupas. Compravam sacos e faziam calças, camisas e vestidos. Viviane dos Santos, a partir da conversa com Joaquim Rodrigues, reforça que se faziam roupas e chinelos de palha.

Alcides Benatto explicou às estudantes Damaris Soares, Edinéia Pedroso, Franceeli de Lara e Miriele dos Santos, que as crianças entre 6 e 8 anos de idade bebiam vinho e cerveja caseiros, porém, infelizmente, poucas crianças aprenderam a fazê-los.

P.S.  Aos 25 de fevereiro de 2000, falecia tragicamente Terezinha Kepp. Violentada, estrangulada e assaltada por três bandidos no bairro São João Batista, Kepp, a mártir, será rememorada amanhã, no contexto da semana cultural, pela comunidade e pelos profissionais da Escola Estadual Professora Terezinha Elisabete Kepp.

Jorge Antonio de Queiroz e Silva é palestrante, pesquisador, historiador e professor. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

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